Política
Acusado de matar adolescente em salão de beleza é condenado a 14 anos de prisão
A promotora disse ainda que a decisão foi de acordo com o pedido do Ministério Público, que tinha provas suficientes para gerar essa condenação.
14/02/2019 às 19h18, Por Maylla Nunes
Daniela Cardoso
Georgton Santos da Silva, conhecido como Maguila, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, em julgamento ocorrido nesta quinta-feira (14). De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele matou a tiros a manicure Tainara Moreira Azevedo, na época com 15 anos, no dia 14 de agosto de 2014, dentro de um salão de beleza no bairro Rua Nova, em Feira de Santana.
Ainda segundo a denúncia, no momento do crime, Georgton Santos da Silva anunciou um assalto e pediu que todas as clientes e funcionárias do salão, incluindo a vítima, deitassem no chão. Porém, segundo a promotora Semiana Cardoso, a motivação do crime foi uma briga anterior entre Tainara e uma vizinha chamada Princesa, que era esposa de Valney Barbosa Bispo, mandante do crime. “Valney estava no presídio e mandou executar Tainara por conta dessa briga. Valney já faleceu”, informou.
A promotora disse ainda que a decisão foi de acordo com o pedido do Ministério Público, que tinha provas suficientes para gerar essa condenação. “Valney mandou Maguila executar, mas Maguila não fez sozinho. Outro comparsa foi junto com ele de piloto no dia do crime. No dia de hoje, Maguila queria dizer que ele estava pilotando a moto, mas essas provas nunca foram apresentadas. Essa versão surgiu hoje”, afirmou.
A defensora Pública Manuela Passos disse entender que houve uma falha no julgamento. “A capitulação da pronúncia em relação a homicídio fútil não condiz com o que foi produzido nos autos. Então a defesa entende que não deveria ter sido condenado por essa circunstância qualificadora.”
Segundo ela, a tese de defesa é de que o motivo fútil que foi descrito na denúncia em relação ao acusado Valney não se comunica ao acusado Georgton Santos da Silva na forma do artigo 30 do Código Penal. “Valney estaria preso no momento do fato. Segundo Georgton relatou, não teria participado da execução do crime, mas teria acompanhado uma pessoa já falecida para o local do crime no dia dos fatos.”
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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