Feira de Santana

Após reclamação de moradores de condomínio, secretário diz que vai se reunir com proprietários de olarias

Segundo ele, a prefeitura chegou a anunciar a revitalização da Lagoa Salgada, mas não conseguiu, já que os recursos vinham de Brasília e o município não tem o registro da área, que está em uma propriedade particular.

Daniela Cardoso 

Atualizada às 22:42

Após moradores do condomínio residencial Irlena Marques, localizado na Avenida Nóide Cerqueira, através do advogado Gil Fernandes, pedirem providências com relação a crimes ambientais que estariam ocorrendo na Lagoa Salgada, em Feira de Santana, o secretário municipal do Meio Ambiente Arcênio Oliveira afirmou ao Acorda Cidade que o município vai tentar resolver a questão.

Segundo ele, a prefeitura chegou a anunciar a revitalização da Lagoa Salgada, mas não conseguiu, já que os recursos vinham de Brasília e o município não tem o registro da área, que está em uma propriedade particular. “No início, a lagoa estava dentro de uma única fazenda, depois foi sendo separada com vários terrenos, mas dentro da lagoa como não se consegue fazer nada, ainda estão preservadas e os proprietários têm os registros dela”, afirmou.

O advogado Gil Fernandes informou que fez uma denúncia no Ministério Público Estadual e na secretaria do Meio Ambiente de Feira de Santana. Sobre essa questão, Arcênio Oliveira afirmou que no dia 19 de julho houve uma reunião com a participação de alguns moradores do condomínio Irlena Marques e que a secretaria está se inteirando do processo, pois a secretaria do Meio Ambiente não foi notificada pelo MP. “Vamos nos reunir com o MP para ver de que maneira está tramitando o processo, vamos pegar as notificações que já fizemos aqui no passado para levar para o promotor público e ver de que forma poderemos avançar”.

Crimes ambientais

Além da ocupação desordenada e irregular e do aterramento da lagoa, o advogado também citou na denúncia feita ao MP, o funcionamento das olarias com emissão de gases tóxicos, que segundo ele, não tem alvará de funcionamento, nem fiscalização e nem licença do meio ambiente. Com relação a essas olarias que funcionam no local, o secretário do Meio Ambiente afirmou que atualmente funcionam duas ou três. Ele disse que vai pedir apoio ao Ministério Público, já que a área onde elas funcionam pertence não as pessoas que são detentoras das olarias, mas a outros empreendedores.

“Eles, como proprietários da área, devem zelar pelo meio ambiente. Inicialmente vamos conversar com os proprietários das olarias para proibir de fazer a queima. Essa atividade não pode continuar na zona urbana. A cidade cresceu e as olarias que estavam na zona suburbana, pela expansão de Feira, passaram a ficar na zona urbana e não é permitida a continuidade da atividade”, afirmou.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade