Mercado imobiliário tem aumento nas vendas durante o 1º semestre

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A alta nas vendas de imóveis registrada no primeiro semestre de 2018 transmite otimismo ao mercado imobiliário e se reflete nas projeções para os próximos meses. Os dados são o resultado de uma pesquisa feita pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Segundo o levantamento, foram vendidas 12.001 unidades no primeiro semestre, o que representa uma alta de 52,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado também foi o melhor desde o primeiro semestre de 2013, quando teve início a crise econômica nacional.

A pesquisa do sindicato aponta os imóveis econômicos como os principais responsáveis pela reação do mercado. Esse tipo de moradia – imóveis de dois dormitórios, com área útil inferior a 45 m2 e na faixa de preço de até R$ 240 mil ­– teve 4.786 unidades vendidas, o equivalente a 40% do total no primeiro semestre. No mesmo período do ano passado, foram comercializadas apenas 1.005 unidades – uma participação de 13% no volume de vendas.

Na avaliação do Secovi-SP, esses números confirmam a trajetória de recuperação do mercado imobiliário na capital paulista, iniciada em 2017 e registrada, anteriormente e a nível nacional, pela Associação Brasileira de Incorporadoras e Imobiliárias (Abrainc). Segundo os dados da associação nacional, o número de casas e apartamentos residenciais lançados e vendidos entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018 registraram alta de 22,2% e 12%, respectivamente. Ao todo, foram vendidas no ano 105.297 unidades.

Segundo avaliação do especialista em mercado imobiliário e vendas Guilherme Machado, “mesmo diante do cenário de incerteza e turbulência que temos vivido ultimamente, o que percebemos foi uma economia mais consolidada”.

As projeções para o segundo semestre de 2018 também são positivas. A confiança do consumidor voltou, as construtoras não param de trabalhar, oferecendo novos empreendimentos, e as pessoas têm cada vez mais facilidade de encontrar imóveis fazendo buscas em sites para imobiliárias.

De acordo com Machado, o setor – que já se posiciona com mais maturidade e planejamento – não será abalado nem mesmo pelas eleições. A baixa na taxa básica de juros, assim como nos juros dos bancos para o financiamento imobiliário, tem influência direta no otimismo dos especialistas.