Daniela Cardoso
Sete gatos e um cachorro foram encontrados mortos com sinais de envenenamento em um condomínio de Feira de Santana na madrugada da última segunda-feira (23). Nestes casos, na maioria das vezes, o veneno utilizado é o chumbinho. De acordo com o médico veterinário Erivaldo Nogueira, que trabalha na Vigilância Sanitária em Feira de Santana, mesmo sendo proibido, o chumbinho pode ser facilmente encontrado em vários pontos da cidade.
“É um veneno do grupo dos inseticidas e, na realidade, infelizmente, é vendido praticamente em todo o Brasil. Aqui em Feira, as pessoas adquirem com certa facilidade na área do Centro de Abastecimento, na Rua Marechal Deodoro”, afirmou.
De acordo com o veterinário, a fiscalização é constante devido ao perigo que o veneno representa, porém ele afirma que não é tão fácil chegar aos locais de venda, já que as pessoas costumam não passar informações.
“Se a gente perguntar, ninguém sabe, ninguém viu, mas a realidade é que as pessoas compram com grande facilidade e muitas vezes com o intuito de matar ratos, mas a gente chama esse veneno de burro, pois é de ação rápida, não é eficiente para o sistema de vida dos roedores. Não adianta usar um veneno de ação rápida, pois quando a pessoa prepara 20 iscas, pode matar o primeiro rato, mas os outros já começam a derrubar essas iscas e pode envenenar outros animais e até crianças que comem os restos das comidas envenenadas”, alertou.
O médico veterinário Erivaldo Nogueira lembra que, por conta do chumbinho, a quantidade de animais que já foram atendidos na clínica dele é muito grande. Segundo ele, todo ano, ocorre uma média de mais de 30, 40 animais que chegam na emergência com sinais de envenenamento por chumbinho, mas que, felizmente, a maioria consegue ser salva.
Ele lembra ainda que Feira de Santana também possui um hospital referência para atendimento humano em casos de envenenamento, que é o Clériston Andrade.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade