Apple pode acabar com teclados físicos de notebooks

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O notebook 2 em 1 já existe há algum tempo no mercado. Ele possui teclado físico, mas por meio de uma tela sensível ao toque, pode se transformar facilmente em um tablet. É mais pesado, é verdade, mas dá maior autonomia para os usuários, principalmente aqueles que precisam de mais produtividade. É o caso, por exemplo, do Surface Pro, da Microsoft. A Apple, no entanto, tem indicado que quer acabar de vez com os teclados físicos.

Uma patente registrada pela empresa neste ano revela um dispositivo com duas telas, sendo que a segunda funcionaria como um teclado sem teclas físicas. De acordo com o documento, é um equipamento de duas telas com visibilidade aprimorada e reflexões suprimidas.

O dispositivo possui uma dobradiça central entre as telas, assim como nos notebooks tradicionais. A tela superior mostra as informações exibidas em um monitor normal, enquanto a tela inferior possui um teclado virtual, que pode ser personalizado conforme a aplicação em uso. Essa inovação poderia ser benéfica tanto para o usuário quanto para a empresa.

Com um teclado virtual, a Apple poderia fazer dispositivos ainda mais finos, enquanto os usuários se beneficiariam com uma maior portabilidade. O documento ainda deixa claro que uma tela não refletiria na outra, fato este que poderia prejudicar a experiência com o dispositivo. Para tanto, uma tela seria feita com a tecnologia oled, enquanto a outra seria desenvolvida com LCD.

Outra patente registrada pela companhia, em 15 de março de 2018, dá conta de outro problema: o feedback tátil de teclados virtuais. As telas sensíveis ao toque são planas e lisas e não dão a impressão de que estamos pressionando uma tecla. Para resolver esse problema, a Apple diz ser possível com a introdução de “acionadores hápticos que podem induzir a sensação física similar ou representativa de uma tecla mecânica”.

Os “acionadores hápticos” seriam compostos por sensores que pudessem medir a força do toque e um dispositivo para dar o feedback físico do toque no teclado virtual. Assim, seria possível saber se o usuário está apenas descansando a mão no teclado ou pressionando as teclas. No segundo caso, um relevo digital seria formado.

O registro de patentes, no entanto, não significa que esses recursos serão lançados neste ano – eles, inclusive, podem nunca ser lançados. É só um jeito de formalizar possíveis funcionalidades ou dispositivos. Agora, é esperar para saber se vai ficar no papel ou se chegará ao mercado.