Política

Crise na Prefeitura dificulta escolha de líder na Câmara de Salvador

Caso não consiga recompor a bancada, atualmente dividida, o prefeito corre risco de perder a batalha no Legislativo, o que o deixaria inelegível por oito anos

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O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), enfrenta dificuldades para definir quem vai assumir a liderança da bancada governista na Câmara Municipal, lacuna aberta após a desistência do vereador Téo Senna (PTC). Em meio à crise que ronda o Palácio Thomé de Souza, ainda não há nomes da base aliada que tenham sinalizado disposição de ocupar o posto, fundamental para as negociações acerca da votação do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios, que rejeitou as contas de João Henrique referentes a 2009. Caso não consiga recompor a bancada, atualmente dividida, o prefeito corre risco de perder a batalha no Legislativo, o que o deixaria inelegível por oito anos.

“Eu tinha planos de assumir a presidência da Casa. Ele (o prefeito) sinalizou que me apoiaria. Depois, voltou atrás. Para ser líder, a gente tem que ter certeza que aquilo que foi prometido será cumprido. Não arriscaria ser líder desse jeito”, disparou Everaldo Bispo (PMDB). “Não aceitaria (o cargo) porque estou comprometido com a liderança do PMDB”, afirmou o vereador Pedrinho Pepê. O também peemedebista Sandoval Guimarães alegou compromissos com a Comissão de Orçamento da Casa para não aceitar a função. A avaliação de aliados do prefeito é a de que a liderança pode cair no colo de um novato. O nome mais ventilado na Câmara é o de Heber Santana (PSC).

João Henrique também enfrenta dificuldades para achar o novo ocupante da Casa Civil, depois que o vereador Alfredo Mangueira (PMDB) renunciou ao cargo anteontem, um dia após ser confirmado na secretaria. O episódio agravou a crise na prefeitura. “Ele (o prefeito) disse que vai analisar as opções com calma,  para encontrar alguém com o perfil de Mangueira”, afirmou o secretário de Comunicação de Salvador, Diogo Tavares. As informações são do Correio