Política

Lúcio Vieira pede a conselho nova perícia nos R$ 51 milhões apreendidos

Deputado do MDB-BA é réu no STF por suposto envolvimento com o dinheiro apreendido pela Polícia Federal. Conselho de Ética abriu processo para apurar se Lúcio quebrou o decoro parlamentar.

Acorda Cidade

A defesa do deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) pediu ao Conselho de Ética da Câmara a realização de uma nova perícia nos R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador.

O dinheiro já foi periciado pela PF, que encontrou as digitais de Geddel Vieira Lima, irmão do deputado, no imóvel.

Lúcio Vieira Lima é alvo de um processo no Conselho de Ética, aberto em 27 de fevereiro, por suposta quebra de decoro parlamentar. O processo pode levar à cassação do mandato.

O deputado do MDB, Geddel e a mãe deles, Marluce Vieira Lima, são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento com o dinheiro.

Segundo o Ministério Público Federal, os R$ 51 milhões têm como possíveis origens: propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; desvios de políticos do MDB.

Além disso, Lúcio Vieira Lima é suspeito de ter se apropriado de parte dos salários de dois funcionários do gabinete do parlamentar e de usar servidores para serviços privados.

No documento apresentado ao Conselho de Ética, a defesa de Lúcio Vieira Lima pede que a Superintendência da Polícia Federal na Bahia forneça o material utilizado na primeira perícia e realize uma nova avaliação.

Os advogados argumentam que, com a nova perícia, será possível "confirmar ou rejeitar a conclusão alcançada pela autoridade policial, agora sob o crivo do contraditório, e provar a inexistência de qualquer relação entre o representado e o dinheiro encontrado".

A defesa também pediu:

Perícia nas contas bancárias de Job Brandão (ex-assessor da Câmara), no período de 2011 a 2017;
Quebra de sigilo telefônico do NIP da Superintendência da Polícia Federal da Bahia relativo ao dia 14 de julho de 2017, com a finalidade de "verificar quais números ligaram para o referido telefone, e assim identificar a cadeia de custódia da prova e o teor exato da denúncia".

Segundo os advogados de Lúcio Vieira Lima, os pedidos, se atendidos, servirão para "demonstrar que as acusações impostas não passam de ilação".

Fonte: G1