Petistas baianos apoiam Celso Amorim para vice de Lula

Os petistas baianos se mostraram a favor, ontem, de o ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, ser o candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A estratégia do PT é que o indicado seja o representante do ex-chefe do Palácio do Planalto em debates e sabatinas promovidos pelos veículos de comunicação, já que Lula não pode participar por estar preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O deputado federal Afonso Florence (PT) elogiou o ex-chanceler, mas ressaltou que talvez o vice tenha de ser de outro partido para contemplar um aliado. “É um grande nome e que tem estatura para ocupar o posto. Agora, a gente tem pouco tempo cronológico, mas tem muito tempo na política. Muita coisa ainda vai acontecer. Talvez, lá na frente tenha que fazer uma coligação e um partido indique o vice”, pontuou, ao defender a unidade entre as siglas de esquerda.Os defensores de Celso Amorim apontam o fato de que ex-ministro não colocaria obstáculos caso tivesse que ser substituído na chapa mais adiante, para dar lugar a outro vice. Ou mesmo para que o PT, numa hipótese remota, se aliasse a um candidato de outro partido caso Lula não possa disputar.Afonso Florence salientou que, independente do vice, o que PT não abre mão é de Lula ser o postulante à Presidência. “Não só o PT. O povo brasileiro que não abre mão. Todas as pesquisas mostram isso”, asseverou. Perguntado sobre o que pensa de o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), ser o vice na chapa de Lula, o deputado federal reiterou que o ex-chefe do Palácio de Ondina é postulante ao Senado na chapa do governador Rui Costa (PT).Presidente do PT de Salvador, Gilmar Santiago também concordou com o nome de Celso Amorim para vice de Lula. “O que estava sendo cogitado era Celso ser candidato a governador do Rio de Janeiro. É uma surpresa ele ser cogitado para a vice. [Mas] o nome dele é extraordinário. Deu uma grande contribuição ao governo Lula como chanceler. A aproximação com o Mercosul, América Latina, maior autonomia aos países em desenvolvimento… É um nome inquestionável, só faria engrandecer a chapa”, frisou. Para Santiago, será difícil, no primeiro turno, haver uma unidade das esquerdas. “Por que o vice não pode ser de outro partido? A resposta é de que nesse momento temos uma pulverização das candidaturas de esquerda. Há uma unidade programática, mas no primeiro turno não vamos conseguir unificar”, analisou. As informações são da Tribuna da Bahia.