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Ciente de que o câncer de mama é o tumor maligno que mais causa morte da população feminina, o deputado estadual Fábio Souto (DEM) apresentou um Projeto de Lei, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), com a finalidade de instituir um programa para realização de exames de mamografia e tratamentos de quimioterapia, radioterapia, bem como acompanhamento psicológico no atendimento aos pacientes dos hospitais públicos estaduais e dos conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS), no Estado da Bahia.
Através da proposta, o parlamentar reforça sua luta pela diminuição do número de mortes causadas pelo câncer de mama no Brasil, especialmente entre a população de baixa renda. "Objetivamos promover, em território baiano, atividades que combatam a mortalidade por câncer de mama, beneficiando principalmente a população de baixa renda, por meio da disponibilização de instrumentos de conscientização, prevenção, detecção precoce e diagnóstico preciso", ressaltou Fábio.
A doença – As causas para a ocorrência do câncer de mama ainda são desconhecidas, mas atrelam-se a fatores como idade, história familiar, efeitos hormonais, estresse, entre outros. Muitas das vezes, a doença é notada pelo aparecimento de um nódulo indolor através do autoexame da mulher ou até mesmo pelo exame médico. Porém, a mamografia é ainda o método inquestionável e fundamental para o diagnóstico precoce e, consequentemente, para a descoberta do câncer de mama.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, na Bahia, devam ocorrer quase 13 mil novos casos esse ano. Desse total, quase 1/3 de ocorrências estariam ligadas à patologia da mama, sendo cerca de metade delas somente em Salvador. Quanto antes houver a descoberta do tumor, maiores serão as chances de sucesso do tratamento. Para o deputado Fábio Souto, a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Ele ressalta a importância do programa para a sociedade e do acompanhamento psicológico que os pacientes precisam ter para vencerem a doença.
"O alcance desta iniciativa é de caráter social, sobretudo de saúde pública, uma vez que facilitando o 'tratamento preventivo', adotando medidas para minimizar o impacto da doença já estabelecida e um pós-tratamento na qualidade de vida das pessoas, os custos no sistema público decorrentes de internações e procedimentos tardios assim como os de alta complexidade serão reduzidos. É fundamental a atuação do psicólogo para dar o suporte necessário ao paciente e aos seus familiares durante o ciclo terapêutico. E o programa tem o compromisso de ampliar e descentralizar o acesso a serviços de saúde no Estado. A iniciativa visa atender mulheres que ainda não tiveram a oportunidade de realizar uma mamografia e nem tampouco um acompanhamento profissional na área psicológica durante todo o processo de tratamento", declarou.