Com saída de vendedores ambulantes, centro de Feira de Santana terá projeto de organização

^{Andrea Trindade}

A imprensa e autoridades do município de Feira de Santana visitaram, na tarde desta terça-feira (13), as obras do Centro Comercial Popular, cuja inauguração está prevista para ocorrer em setembro deste ano. O projeto da prefeitura municipal pretende ordenar o centro da cidade e revitalizar o Centro de Abastecimento.

De acordo com o secretário municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, a obra está acelerada e foi orçada sob a perspectiva de organizar o centro comercial da cidade. Segundo ele, os cerca de 1.800 vendedores ambulantes das ruas Marechal Deodoro, Sales Barbosa, Conselheiro Franco, Visconde do Rio Branco, Avenida Senhor dos Passos e adjacências foram cadastrados com biometria e fotos de suas barracas fixas, e terão um espaço de acordo com sua atividade comercial no empreendimento.

“Fizemos o projeto em cima do que encontramos. É um projeto que passou por várias audiências públicas. Foi escolhido o Centro de Abastecimento e aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, como o local mais adequado para um investimento deste porte. Este equipamento vai atender inicialmente os 1.800 ambulantes cadastrados e também ações da prefeitura”, informou o secretário destacando que o governo municipal firmou um contrato com o Sebrae para orientar os ambulantes.

O Centro Popular fica próximo ao terminal central (Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade)

Há também um projeto chamado Feira Itinerante, que vai atender os ambulantes de feiras livres e levar feirinhas aos bairros. Borges Júnior destacou também que no Centro Popular haverá um local específico para os verdureiros que estão no centro da cidade.

Lojas

Com a saída dos ambulantes das principais ruas do centro de Feira, as lojas terão mais visibilidade e os pedestres terão como transitar de forma mais livre. Para atrair ainda mais consumidores do comércio formal, a prefeitura também está elaborando um projeto específico, que destaca desde a arrumação das lojas até a estrutura dos imóveis.

“É um projeto muito forte. Estamos convocando a Associação Comercial (Acefs) e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) para, no dia seguinte às instalações do Centro Popular, começarmos a pensar em como ficará a arrumação das lojas e do centro comercial, já que vamos ter também apoio maciço dos comerciantes”, disse Borges Júnior em entrevista ao Acorda Cidade.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

O prefeito José Ronaldo de Carvalho enfatizou que o projeto está sendo elaborado com base em estudos para que seja executado da melhor forma possível.

“Os projetos estão sendo elaborados com o objetivo de deixar o centro da cidade à altura da grandeza de Feira de Santana. Estes projetos, a secretaria de Planejamento já está trabalhando, pesquisando e estudando a melhor maneira de realizar”, declarou.

Sobre o Centro Comercial Popular, o prefeito também destacou que as obras estão avançadas e que faz questão de que todos os vendedores ambulantes vão ao local acompanhar o andamento. Ele disse também que os camelôs terão não apenas o espaço de qualidade, mas também suporte para dar continuidade a seus negócios.

“Grande parte da obra é feita fora e as peças são montadas aqui. É uma coisa moderna, diferente. A fundação garante que as escadas rolantes já estão compradas, já está fazendo o piso lá embaixo. Tudo com muito profissionalismo. Já fizemos contrato com o Sebrae para dar orientação aos ambulantes e eles terão total apoio, não apenas com o espaço digno, mas também com melhores condições para que eles comprem as mercadorias, e possam ter mais lucros. Poderão chegar, por exemplo, em uma fábrica de camisas, somar a venda de todos os camelôs e fazer um pedido único para que o preço saia muito mais barato – Para eles disputarem em condição de igualdade com aqueles comerciantes que compram muito”, afirmou.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

O prefeito pontuou que o terreno onde o Centro Comercial Popular está sendo construído pertence à prefeitura e que a administração será feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP), na qual 80% do investimento são da iniciativa privada. No empreendimento a prefeitura está investindo 13 milhões de reais.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade