Justiça

Defensor público acredita que mulher de roupa curta incita assédio

Na entrevista, Jerônimo pontuou ainda que a vestimenta da mulher é parte de um simbolismo que “diz muito para fins de processo, para fins de condenação ou absolvição no campo criminal”.

Defensor público acredita que mulher de roupa curta incita assédio Defensor público acredita que mulher de roupa curta incita assédio Defensor público acredita que mulher de roupa curta incita assédio Defensor público acredita que mulher de roupa curta incita assédio

“Um local de muita movimentação, uma mulher estar de minissaia, a mulher fica sujeita a uma pessoa interpretar que ela está seduzindo ou por ventura dando oportunidade para uma paquera, um namoro e quem sabe algo mais sério”. Essa foi a declaração dada pelo Defensor Público Geral de Pernambuco, Manoel Jerônico, enquanto comentava sobre casos de assédio e estupro na Rádio Recife, no dia 11 de janeiro. Na entrevista, Jerônimo pontuou ainda que a vestimenta da mulher é parte de um simbolismo que “diz muito para fins de processo, para fins de condenação ou absolvição no campo criminal”. Para ele, que é também vice-presidente do Colégio Nacional de Defensores Gerais, seria importante que as mulheres demonstrassem “de forma simbólica, que não está ali para nenhum tipo de paquera e as vestes demonstram muito isso”. Logo após a declaração o defensor público, a Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares foi a público para repudiar as declarações, defendendo que a culpa não é da vítima, além de apontar dados sobre a violência contra a mulher que, em 2017, registrou 135 estupros diários, dos quais 10 deles foram de casos de estupros coletivos. “As declarações do Defensor, embora chocantes, não são isoladas no Brasil. Esquecem-se que muito mais importante é educar os homens a respeitarem a liberdade sexual e a dignidade de todas as mulheres e a entenderem que ROUPAS NÃO FALAM. Há outra forma para se saber sobre a vontade da mulher. Não é não e a ausência de sim também é não”, afirmou, em nota. A Rede ainda acrescentou que “a culpabilização da vítima é apenas mais uma das várias ferramentas de manutenção do sistema do patriarcado, o qual exerce controle territorial sobre os corpos das mulheres, tudo com a finalidade de decepar desde cedo a autonomia da mulher, mantendo-a longe dos espaços públicos e, portanto, dos espaços de tomada de decisões políticas, econômicas e sociais as quais regem suas próprias vidas”, esclareceu.

Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.