Feira de Santana

Comunicado atrapalha Polícia Civil em realização de levantamento cadavérico, diz delegado

Por conta disso foi divulgado inicialmente que ocorreram quatro homicídios no fim de semana, quando na realidade ocorreram três.

Acorda Cidade

Um comunicado assinado por duas servidoras do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) atrapalhou a realização do levantamento cadavérico do corpo de um homem que morreu na unidade hospitalar, vítima de tiro, no último domingo (21), segundo informou o delegado Fabrício Linard, titular da Delegacia de Homicídios.

Por conta disso foi divulgado inicialmente que ocorreram quatro homicídios no fim de semana, quando na realidade ocorreram três. (Veja aqui)

De acordo com o delegado, uma servidora do necrotério do Clériston Andrade, que estava de plantão no dia da morte do paciente Neisivaldo da Anunciação Oliveira, 26 anos, se negou a abrir o saco que envolvia o corpo, para que a Polícia Civil pudesse fazer a análise, o que gerou um erro, por a polícia acreditar a morte tratava-se de um homicídio, quando na verdade foi uma morte acidental.

“Quando um paciente morre no Clériston por ação violenta, servidores entram em contato com a Polícia Civil para solicitar a remoção do corpo, então emitimos a guia do Instituto Médico Legal para submeter o corpo a necropsia. Mas tem essa situação que uma servidora do necrotério se nega a abrir os sacos que envolvem o corpo, alegando que não é atribuição dela. A convicção que eu tenho é que essa responsabilidade não é do policial e nem do delgado, de manusear um corpo que ainda está sob a responsabilidade do hospital”, afirmou.

De acordo com o delegado, foi devido a essa não visualização do corpo, que ficou prejudicada uma primeira avaliação com relação a morte de Neisivaldo. Ele morava no bairro Campo do Gado Novo e foi atingido por um tiro acidental na coxa, na Fazenda Terra Nova no distrito Bonfim de Feira. O tiro foi disparado pela própria vítima.

“Pensamos que por ser alvejado por arma de fogo ter se tratado de um homicídio, onde na verdade foi uma morte acidental. Se a autoridade policial tivesse naquele momento acesso visual ao corpo, ele já ia perceber que talvez não tivesse sido um homicídio, por ter se tratado de apenas um tiro na perna”, explicou.

“Vamos conversar com o diretor do hospital, Dr. Pitangueira, pois a autoridade policial se viu em uma situação que não conseguiu concluir o trabalho dele. É uma situação inusitada. Tenho certeza que conversando vamos resolver esse impasse, pois é apenas uma servidora que vem se negando a manusear esses sacos”, acrescentou o delegado Fabrício Linard.

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Informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade