Saúde
Conheça os mitos e verdades sobre o aneurisma cerebral
O aneurisma é causado pelo enfraquecimento da parede de uma das artérias sanguíneas que irrigam o cérebro.
03/12/2017 às 11h34, Por Kaio Vinícius
Acorda Cidade
Duas a cada 100 pessoas, em média, têm um aneurisma no cérebro, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a imensa maioria jamais irá descobrir este fato. O aneurisma cerebral é uma doença silenciosa, quer dizer, não apresenta sintoma algum ao longo da vida, a não ser, é claro, quando ele se rompe.
O aneurisma é causado pelo enfraquecimento da parede de uma das artérias sanguíneas que irrigam o cérebro. Quando esta artéria está fragilizada, com a pressão do sangue forma-se uma espécie de “balão”, cujo termo médico é aneurisma.
“Cerca de 9 a cada 100 mil pessoas irão vivenciar o rompimento do aneurisma, que causa hemorragia. Ele é fatal em 50% dos casos. Dos que sobrevivem, aproximadamente 66% vão ter sequelas”, relata o neurocirurgião Dr. Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann.
Assim como muitas doenças, o aneurisma cerebral ainda é cercado de mitos. Saiba o que é verdade e o que é mentira.
1. O aneurisma pode ser congênito. Verdade. algumas pessoas podem nascer com anormalidades nas paredes dos vasos sanguíneos ou com alguma doença hereditária que agrava possíveis problemas nas paredes arteriais, predispondo-as a um aneurisma. Entretanto, os fatores externos são as principais causas. “Os dois mais importantes são o fumo, que danifica a parede do vaso, e a hipertensão”, alerta do Dr. Weinmann.
2. É possível ter mais de um aneurisma de uma vez? Verdade. Dados da American Stroke Association apontam que se a pessoa tem um aneurisma, há entre 15% e 20% de chance de ter outro simultaneamente.
3. Homens têm mais chance de ter aneurisma. Mito. Três mulheres a cada dois homens sofrem com a condição. “Aproximadamente 60% dos que se rompem acontecem em mulheres”, diz o neurocirurgião. Outro dado que pesa contra as mulheres: quando o aneurisma se rompe, elas têm 74% mais chance de ter hemorragia subaracnóidea (HSA), segundo estudo publicado na revista Neurology. A HSA, quer dizer, o extravasamento do sangue para o espaço entre o cérebro e o crânio, é um dos eventos mais catastróficos de que se tem conhecimento na medicina, com uma letalidade de 50%.
4. Os sintomas do aneurisma parecem com os de um AVC. Sim e não. Muitas pessoas passarão a vida sem saber que tinham um aneurisma. “Mas, quando os aneurismas crescem, eles podem pressionar determinadas áreas do cérebro, causando sintomas que são idênticos aos de um AVC, como, por exemplo, visão dupla, perda de equilíbrio e problemas na fala”, explica o Dr. Weinmann.
5. Aneurisma pode causar um AVC? Sim. Uma das causas do acidente vascular cerebral (AVC) é o rompimento de um aneurisma. Neste caso, estamos falando do acidente vascular cerebral hemorrágico, que além da hemorragia, causa aumento da pressão intracraniana e inchaço no local.
6. Aneurisma rompido pode ser confundido com enxaqueca. Verdade. Um dos sintomas-chave do aneurisma que se rompeu é uma dor de cabeça fortíssima e praticamente incapacitante, pois ela é acompanhada de náusea, vômito, fotofobia, visão dupla e até perda de consciência. Dados da Brain Aneurysm Foundation estimam que de todos os pacientes que correm para o hospital, vítimas de fortes dores de cabeça, 1% é diagnosticado com hemorragia subaracnóidea. Portanto, se você se deparar com alguém nesta situação, leve essa pessoa imediatamente para um hospital.
7. Sexo pode aumentar a chance de o aneurisma se romper. Verdade. Um estudo publicado na revista Stroke mostrou que o sexo é um dos gatilhos para o rompimento de um aneurisma, aumentando a chance – temporariamente – em 4,3%. Já o consumo de café pode fazer o risco crescer em 10,6% e atividade física vigorosa, em 7,9%.
8. O tratamento do aneurisma requer grandes cirurgias. Depende. Se o aneurisma é muito pequeno, pode-se decidir por apenas fazer um acompanhamento ou por uma cirurgia minimamente invasiva. “A cirurgia tradicional para tratar um aneurisma se chama craniotomia. Por meio de uma pequena incisão no crânio, o médico implanta um clipe metálico entre o vaso normal e o aneurisma. É uma cirurgia que pode demorar mais de quatro horas, feita com anestesia geral.
Graças ao avanço das técnicas cirúrgicas, hoje é possível realizar a embolização endovascular. O médico faz uma pequena punção na artéria femoral na virilha e implanta um micro cateter até o interior do aneurisma. Depois, o médico insere sucessivas espirais metálicas no interior do saco aneurismático até a exclusão circulatória. Esta técnica reduz as taxas de morbidade e mortalidade.
Mais Notícias
Polícia
Adolescente de 15 anos é morto a tiros no bairro Caseb em Feira de Santana
O delegado André Ribeiro presidiu o levantamento cadavérico.
19/05/2024 às 22h35
Brasil
Tony Ramos passa por nova cirurgia após formação de hematomas intracranianos: 'encontra-se bem', diz hospital
Na última semana, o ator foi operado na cabeça para drenar um sangramento intracraniano.
19/05/2024 às 20h44
Política
Em Amargosa, ACM Neto lança pré-candidatura de Bia Cintra a prefeito: ‘Traz seu exemplo de vida’
O ex-prefeito de Salvador exaltou as qualidades de Bia Cintra, vinculando sua trajetória pessoal ao futuro de Amargosa.
19/05/2024 às 20h22
Esportes
Brasil tem domingo dourado no Mundial de atletismo paralímpico
André Rocha é um dos destaques com ouro no lançamento de disco.
19/05/2024 às 20h14
Feira de Santana
Morre aos 83 anos João Matos, ex-diretor da Câmara Municipal de Feira de Santana
O sepultamento acontecerá nesta segunda-feira (20), às 9h no Cemitério Jardim Celestial.
19/05/2024 às 20h05
Bahia
Motoqueiros descumprem normas durante competição de “grau” em torno da Fonte Nova e são notificados pela Transalvador
A Transalvador informou que "a conduta de tais motociclistas não é autorizada, sendo inaceitável por descumprir completamente os termos para...
19/05/2024 às 19h21