Rachel Pinto
Atualizada às 13:17
Foi julgado na quinta-feira (30), no Fórum Desembargador Filinto Bastos, em Feira de Santana, Adailson Cerqueira da Silva, conhecido como Heroche, acusado de ter tentado assassinar no dia 9 de setembro de 2015, no Conjunto Feira VII, em Feira de Santana, Danilo Santos Borges.
Segundo denúncia do Ministério Público, no dia do crime, Adailson estava em companhia de Hamis Habber Santos Sena, que foi julgado pela mesma acusação no dia 3 de outubro de 2017 e condenado a 8 anos e 8 meses de reclusão.
Adailson e Hamis estão presos deste o dia da tentativa de homicídio. Nos autos do processo, consta que Hamis Habbner foi quem efetuou os disparos contra Danilo Santos Borges e que Adailson Cerqueira da Silva apenas chamou Danilo para sair da casa. O crime ocorreu por relação com o tráfico de drogas.
Durante o júri realizado ontem, o réu Adailson Cerqueira da Silva foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio e condenado por tráfico de drogas. Com isso, a pena foi de quatro anos de reclusão em regime aberto. Ele já passou dois anos e dois meses preso e a juíza concedeu que o restante da pena fosse cumprido em liberdade.
MP vai recorrer da decisão
A promotora de Justiça Semiana Silva Cardoso informou que o Ministério Público está recorrendo da decisão de o réu cumprir a pena em liberdade. Para ela, a pena aplicada foi contrária às provas dos autos.
“Nós tínhamos três crimes conexos e eles apenas reconheceram um. Sendo que a decisão foi contrária e até mesmo contraditória. Como é que você reconhece no mesmo momento que é encontrada uma arma de fogo, é encontrada também a droga e reconhece-se apenas o crime de tráfico? A posse de arma não foi reconhecida e então houve uma contradição e principalmente o crime, que é a tentativa de homicídio. Os jurados não reconheceram e o Ministério Público entende que há provas sim de que ele participou desta tentativa de homicídio”, afirmou.
A defensora pública Flavia Apolônio considerou o resultado do júri justo. De acordo com ela, embora o réu tenha sido absolvido por dois crimes, a defensoria impugnou pela absolvição plena.
“Nós acreditamos na legitimidade da decisão dos jurados e a sensatez. A defensoria pública está satisfeita com o resultado”, declarou.
Mulheres no poder judiciário – Sobre o trabalho do júri, no qual atuaram como titulares a promotora Semiana Cardoso, a juíza Márcia Simões Costa e a defensora pública Flávia Apolônio, Semiana relatou que sente satisfação em ver mulheres atuando em um júri, principalmente em uma área que tradicionalmente é ocupada por homens. Ela comentou que há um clima de harmonia na realização dos trabalhos.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.