Feira de Santana

Contra licitação do transporte alternativo, categoria quer audiência pública para discutir redução das vagas

Com o objetivo de chamar a atenção para essa situação e também questionar outros pontos do edital, na próxima segunda-feira (6), a categoria vai realizar uma manifestação com todo o seguimento e buscar realizar uma convocação da sociedade e prefeitura municipal para uma audiência pública.

Contra licitação do transporte alternativo, categoria quer audiência pública para discutir redução das vagas Contra licitação do transporte alternativo, categoria quer audiência pública para discutir redução das vagas Contra licitação do transporte alternativo, categoria quer audiência pública para discutir redução das vagas Contra licitação do transporte alternativo, categoria quer audiência pública para discutir redução das vagas

Rachel Pinto

Os trabalhadores do transporte alternativo de Feira de Santana estão inconformados com a redução da quantidade de vagas para operar na zona rural, conforme previsão da licitação pública municipal. Segundo eles, atualmente são 206 alternativos atuando na cidade e só estarão previstos no edital 105 vagas. Eles alegam que essa situação vai aumentar ainda mais as dificuldades da categoria que sofre também com altos impostos e a perseguição da fiscalização.

Com o objetivo de chamar a atenção para essa situação e também questionar outros pontos do edital, na próxima segunda-feira (6), a categoria vai realizar uma manifestação com todo o segmento e buscar realizar uma convocação da sociedade e prefeitura municipal para uma audiência pública. Caso contrário, a saída será entrar com uma ação judicial.

José Vicente, presidente da Cooperativa do Transporte Alternativo de Feira de Santana (Coopetrafs), informou que todo o grupo dos trabalhadores dos alternativos está preocupado com a sua sobrevivência e insatisfeito em relação a licitação. Segundo ele, são 20 anos de trabalho da categoria na cidade e ideia é realizar uma articulação para conseguir um diálogo e um consenso com a prefeitura.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“Nosso grupo está descapitalizado. Está perdido. Precisamos conversar e mostrar para a população o que realmente está acontecendo”, afirmou.

Abílio Barroso, advogado da categoria, relatou que foram feitas algumas impugnações com base em alguns pontos do edital. Segundo ele, o processo faz exigências que são contra a lei municipal de 1997 que rege o transporte alternativo na cidade.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“É uma impugnação administrativa, extrajudicial, que observa os critérios da lei do transporte alternativo complementar da cidade. Pode barrar o edital para assim ser lançado um novo”, observou.

O advogado ressaltou ainda que própria lei determina o aumento do número de vagas com base no crescimento da cidade e no atendimento da população.

Para Dario Alves, que também é membro da Coopetrafs, o edital desrespeita totalmente a lei do transporte alternativo. Ele destacou que o edital faz outras exigências como o aumento da passagem para R$ 4,70 e o uso do GPS.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“A própria lei que está em vigor fala do aumento proporcional das vagas. Como é que a lei é de 1997, a cidade cresceu e o edital vai reduzir a quantidade de veículos?”, indagou.

Raimundo Souza, conhecido como Dinho do transporte alternativo, em apoio aos colegas da categoria, disse que se não houver um diálogo e um acordo entre trabalhadores das vans e prefeitura municipal, o sistema vai vivenciar uma verdadeira crise.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“Será um colapso. Uma situação muito difícil. Muitos têm carros financiados e todos precisam trabalhar para ter o sustento”, concluiu.