Andrea Trindade
A estudante Caroline Santos Vaz, de 13 anos, que estava internada desde o último dia 8 de abril, no Hospital Estadual da Criança (HEC), após ser transferida da policlínica do bairro Rua Nova, morreu na tarde desta terça-feira (18). Familiares da garota acreditam que a causa da morte tenha sido a prescrição equivocada de medicamentos na policlínica, e afirmaram que ela deu entrada no HEC em coma profundo após sofrer, segundo a família, um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Diante da denúncia, a Secretaria Municipal de Saúde determinou abertura de uma sindicância, para que possa ser esclarecida qualquer dúvida sobre o que motivou o óbito da adolescente. Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que “está convicta de que a equipe médica que atendeu Caroline atuou de maneira correta, enquanto ela esteve sob assistência da policlínica”.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Houve a suspeita de que a menina estava com leucemia, porém o pastor Roque Pedro Júnior, que é amigo da família de Caroline e que vinha acompanhando a situação dela, afirmou que a mesma era uma menina saudável e que somente após o suposto AVC que sofreu, depois de receber alta da policlínica, é que ela apresentou sintomas da doença.
“A criança nunca apresentou nenhum quadro de leucemia. Hoje faz 13 dias que ela reclamou na igreja, com a mãe, de uma leve dor de cabeça e estado febril. Ela deu entrada, inclusive por mim mesmo, na unidade de saúde da Rua Nova, onde foi medicado Plasil e Benzetacil de 1.200 unidades e logo após, num tempo muito curto, recebeu alta e foi para casa. Naquela madrugada ela passou mal, entrou em quadro de AVC, vindo a entrar em coma profundo, e deu entrada aqui no HEC”, relatou o pastor ao Acorda Cidade.
Roque Júnior disse ainda que os médicos do HEC deram toda assistência necessária, mas o quadro dela estava irreversível. Ela ficou internada mais de dez dias e não resistiu.
“A equipe médica deu toda assistência, daqui não tenho reclamações. Vinha o tempo todo tentando reverter o quadro dela, mas não foi possível devido à gravidade do estado em que se encontrava. Ela não conseguiu mais ser reanimada. Caroline era uma menina muito sadia”, lamentou.
O pastor disse que a família acionou o Ministério Público (MP) e registrou uma queixa-crime. Ainda nesta terça-feira, a família pediu, no MP, uma autorização para que fosse feito uma necropsia para que a causa da morte seja identificada.
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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade