Feira de Santana

Manifestação de professores suspende votação de projeto que modifica previdência municipal

A manifestação bloqueou o trânsito especialmente da Rua J. J Seabra, Avenida Senhor dos Passos e Rua Castro Alves.

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Rachel Pinto

Uma manifestação de professores impediu a continuidade da sessão sobre a Previdência Municipal na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, na manhã desta segunda-feira (20). A categoria alega que não foi convidada para participar da discussão. Os professores são contra a reforma da previdência e saíram também em caminhada por algumas ruas da cidade. A manifestação bloqueou o trânsito especialmente da Rua J. J Seabra, Avenida Senhor dos Passos e Rua Castro Alves. O trânsito ficou lento por algumas horas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O vereador Ewerton Carneiro (PEN), vice-presidente da Câmara de Vereadores e que presidiu a sessão nesta segunda-feira, disse que a manifestação dos professores criou um grande tumulto e por isso foi encerrada a sessão. Segundo ele, "o poder legislativo foi invadido".

“Foi um grande tumulto e quando eu percebi que a vida dos vereadores estava em perigo encerrei a sessão. Acho que todo mundo tem o direito de se manifestar com decência e com prudência. Não invadindo o poder legislativo, querendo mandar no poder legislativo, porque no poder legislativo ninguém pode mandar, é uma casa democrática. A presidente do sindicato (…) invadiu o poder legislativo”, declarou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O vereador Roberto Tourinho (PV) explicou que o projeto de lei, sobre a previdência municipal, altera o desconto dos servidores e representa um maior desconto no vencimento dos servidores municipais inscritos na previdência do município. O veredor destacou que, no entanto, o projeto precisa ser discutido e dentro dos princípios que norteiam o funcionamento de uma Câmara de Vereadores.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“O projeto de lei altera o valor do desconto para a previdência munipal para que neste ano de 2017 seja descontado 12%, em 2018% 12,5% e em 2019 o desconto seja de 13%. É previsto no regularmento interno que quem desejar falar em uma matéria que esteja em tramitação, a pessoa faça um requerimento fazendo essa solicitação 24 horas antes da discussão da matéria. Eu penso que a professora Marlede, que inúmeras vezes já usou a tribuna livre e conhece os procedimentos, deveria fazer essa inscrição pra usar a tribuna”, afirmou.

Sobre as alegações da professora Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), de que a categoria não teria sido convidada para participar da sessão especial sobre a reforma da previdência, o vereador Roberto Tourinho disse que a primeira discussão sobre o assunto foi iniciada hoje e que o que houve anteriormente foi um requerimento para a discussão do tema.

“O projeto começaria a ser discutido hoje. Fizemos uma discussão administrativa. A professora às vezes se equivoca nas colocações”, acrescentou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A professora Marlede Oliveira, que liderou a manifestação que interrompeu a sessão especial da Câmara de Vereadores sobre a reforma da Previdência Municipal, relatou "que não invadiu o plenário e quem está invadindo o direito dos trabalhadores é o governo".

 “O governo está invadindo o contracheque dos trabalhadores. Disse que tem um rombo na previdência e quer passar por cima dos trabalhadores. A gente não aceita. Não usei a tribuna porque não fui convidada a usar. Como eu vou falar se os vereadores não abrem o microfone? Mandei o ofício hoje e já temos o documento solicitando. Vamos ver se amanhã nós falamos. Não aceitamos aumento da alíquota”, ressaltou.

Ainda segundo a sindicalista, a categoria é contra a reforma da previdência e contra as medidas do governo em relação à retirada de direitos da classe trabalhadora. Ela pontuou que a greve dos professores continua, e dia 24 haverá uma assembleia pra definir os rumos do movimento.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.