Feira de Santana

Adolescente é acusado de envolvimento na morte de 11 pessoas

As investigações foram todas realizadas no bairro Aviário e apontam que há relação com o tráfico de drogas.

Andrea Trindade

A Delegacia de Homicídios de Feira de Santana está investigando a participação de um adolescente de 17 anos em 11 homicídios no bairro Aviário, em Feira de Santana. A atuação do jovem tem chamado a atenção da Polícia Civil, que há cerca de um ano vem mapeando os homicídios no bairro e identificou a existência de uma disputa de tráfico de drogas entre duas gangues rivais.

Segundo o delegado Fabrício Linard, este adolescente atua com o irmão e o tio, que são liderados por uma pessoa pertencente a uma destas duas organizações criminosas.

“Temos oito inquéritos policiais que representam 11 vítimas fatais e duas que sobreviveram às investidas deste grupo. Estamos concluindo as investigações e vamos encaminhar as questões em relação ao menor para a DAI tomar as providências. Ele esteve aqui na semana passada, foi ouvido, e obviamente nega a participação em todos os homicídios, mas em todos os homicídios temos provas robustas e contundentes da participação dele”, declarou.

As investigações foram todas realizadas no bairro Aviário e apontam que há relação com o tráfico de drogas. No entanto, o delegado informou que não foi encontrada nenhuma atividade ilícita em algumas das vítimas, o que leva a suspeitar de que foram mortas por estarem passando informações para integrantes de grupos rivais e foram descobertas.

“Todas estas investigações foram feitas no bairro Aviário. Não identificamos a atuação desta gangue em outros bairros, nem mesmo nos bairros vizinhos. A maioria deles já está identificada e com mandados de prisão solicitados à Justiça. Em um destes inquéritos, teve quatro pessoas mortas e em outro seriam mais quatro, porém duas sobreviveram. Então só em dois inquéritos oito pessoas foram vítimas desta organização criminosa”, informou Fabrício Linard.

O delegado informou que os moradores estão assustados com a violência e que não vivem de forma tranquila. “A comunidade não vive em paz, não vive tranquila, vive calada e refém dessa briga entre gangues, mas com um trabalho muito árduo conseguimos informações para localizá-los”, ressaltou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.