Laiane Cruz
Vários sindicatos de Feira de Santana aderiram à paralisação nacional, nesta quarta-feira (15), contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que propõe reformas ao sistema previdenciário para todos os trabalhadores do país. A novidade deste ano foi a participação dos professores das escolas particulares, que saíram às ruas juntamente com as outras categorias para protestar, segurando faixas e cartazes.
As mudanças na previdência, por exemplo, estão em discussão na Câmara dos Deputados, onde parlamentares da Comissão Especial criada para debater o assunto e líderes da base aliada do governo Michel Temer participam de uma série de reuniões para discutir a tramitação da PEC.
De acordo com Marialvo Barreto, diretor do Sindicato dos Professores das Escolas Particulares, muitas escolas da rede privada aderiram à paralisação, que ocorre em diversos estados do país hoje. “Veio uma multidão. Encontramos o povo de saúde e foi essa caminhada espetacular aqui pelo centro da cidade, uma das maiores de Feira de Santana, sem estrutura, com um carro de som, mas o povo compreendeu que a reforma da previdência é um golpe contra a aposentadoria”, declarou.
Marialvo afirma que, com a aprovação da reforma pelo governo, um professor para se aposentar com salário integral terá que chegar a 65 anos, mas deverá ter 49 anos de contribuição para isso.
“Então tem que começar a contribuir com o INSS com 16 anos, isso é a volta da escravidão que não vamos aceitar. Eu espero que esse movimento de rua consiga frear a reforma da previdência. Eu acredito que vai ter êxito, e apesar da pouca vulnerabilidade que tem as ruas, aqueles senadores e deputados estão dando banana para o povo cá embaixo, mas o povo também vai arrumar o seu jeito de dar a resposta”, disse.
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.