Rachel Pinto
Atualizada em 14.03.17 às 10h49
Acontece desde a 9h30 desta segunda-feira (13), no Salão do Júri do Fórum Filinto Bastos, em Feira de Santana, a audiência de instrução dos detentos acusados de participar da rebelião no Conjunto Penal de Feira de Santana no dia 24 de maio de 2015. Além dos detentos, oito testemunhas de acusação e cinco pessoas que ficaram feridas durante o motim estão sendo ouvidas. A audiência teve 14 horas de duração.
Nove detentos foram assassinados durante o motim que durou 18 horas. O fato foi bastante divulgado e repercutiu em todo o estado. A rebelião aconteceu devido à disputa do tráfico de drogas por grupos ligados a traficantes rivais no Conjunto Penal.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Os trabalhos na audiência acontecem sob presidência da juíza Márcia Simões Costa, titular da vara do júri, com a presença da promotora Semiana Silva de Oliveira Cardoso e dos advogados constituídos pelos acusados. A defensoria pública foi representada pelo defensor Aurelino José.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
O advogado Guga Leal, que representa a defesa de alguns detentos, disse que essa é a primeira fase do processo judicial e que a audiência foi marcada para ouvir as testemunhas de acusação, de defesa e os acusados. Ele informou que 14 detentos estão presos no presídio de Serrinha e apenas um está na unidade prisional de Feira de Santana.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
De acordo com ele, os seus clientes não participaram dos assassinatos e somente testemunharam os fatos.
“Estamos aqui para mostrar que esses presos estavam na rebelião na condição de testemunhas e não de réus. Eles até então estão respondendo por nove homicídios consumados e cindo tentativas de homicídio. Agora a juíza está ouvindo todos para decidir quem irá para o tribunal do júri. Todos eles informaram que presenciaram , mas não tem nada a ver com os homicídios que aconteceram no dia 24 de maio de 2015”, finalizou.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
Leia Também: Sobe para oito o número de mortos na rebelião no Conjunto Penal