8 de Março

Delegada fala da quebra de paradigmas e responsabilidade de ser mulher e policial

Em um ambiente de maioria masculina, ela não passa despercebida e deixa claro sobre o seu papel e a sua responsabilidade no trabalho da Polícia Civil de Feira de Santana.

Rachel Pinto

No trabalho administrativo da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, lá está ela: jovem, bonita, bem vestida e com o distintivo da Polícia Civil. É a mineira e recém chegada a Feira de Santana, Larissa Lage, delegada da Polícia Civil. Quem a vê com voz suave e jeito meigo chega até a ficar surpreso. Em um ambiente de maioria masculina, ela não passa despercebida e deixa claro sobre o seu papel e a sua responsabilidade no trabalho da Polícia Civil.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Desafios sempre lhe instigaram e, para ela, a escolha para atuar na Delegacia de Homicídios também foi uma forma de quebrar paradigmas e que lhe trouxe mais coragem para trabalhar, não abaixar a cabeça e mostrar o diferencial de ser mulher.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Sempre há um julgamento de que a mulher não vai dar conta, não vai conseguir. Isso que me dá mais coragem para trabalhar, não abaixar a cabeça e mostrar o diferencial. Estou preparada para fazer qualquer tipo de trabalho na polícia. Eu escolhi a Delegacia de Homicídios porque eu sempre quis trabalhar com isso. Não tenho medo e não fiz o concurso por fazer, fiz por gostar da profissão”, acrescentou.

Larissa Lage afirma que em pleno século XXI, ainda há muitos desafios que precisam ser vencidos pelas mulheres. Segundo ela, as mulheres devem mostrar a força através da personalidade e autonomia. Ela ressalta que na polícia esses fatores são muito importantes, principalmente porque muitas pessoas quando vão à delegacia esperam encontrar a figura de um delegado homem. Quando se deparam com a delegada ficam até assustados e demonstram desconfiança.

“Temos que demonstrar nossa força através da nossa personalidade e não dos nossos aspectos físicos”, salientou.

Espaço para vaidade

Para a delegada, o fato de ser policial não a impede de ter vaidade. Porém, há um certo cuidado e é um tipo de vaidade diferenciada. Ela observa que há uma formalidade e durante o trabalho administrativo fica mais livre em relação a isso, mas no plantão policial de 12 horas, a roupa é a farda. Ela utiliza roupas que lhe permitam atuar com mobilidade em qualquer operação que ocorra. Além disso, na bolsa também não podem faltar alguns itens de maquiagem como o batom e o pó compacto.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“É uma vaidade diferenciada porque tem uma imagem que a gente tem que se impor. A gente é jurista e policial e no ambiente do fórum a gente não pode ficar diferente do promotor, advogado e juiz. Há um paradigma que a sociedade pensa de um policial e ainda existe um pouco de preconceito por ser um ambiente masculino. Mas, está mudando. O ambiente está ficando mais feminino”, ressaltou.

Mulheres no comando, mulheres no poder

Além de Larissa Lage, a Polícia Civil de Feira de Santana conta com um belo reforço de outras mulheres delegadas e policiais. Outras forças de segurança pública também são protagonizadas diariamente por muitas mulheres que exercem o trabalho com muita dedicação, profissionalismo e enfrentando barreiras.

O toque feminino de cada uma traz o diferencial e só acrescenta para a sociedade feirense. O Acorda Cidade parabeniza a todas essas mulheres que ocupam esses espaços dando sua força de trabalho com autonomia, responsabilidade e sentimento.

Feliz Dia Internacional da Mulher!

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.