Feira de Santana

Em estado de greve, professores iniciam ano letivo da rede municipal na próxima segunda-feira

A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (2).

Daniela Cardoso

O ano letivo na rede municipal de ensino em Feira de Santana será iniciado na próxima segunda-feira (6), porém os professores estarão em estado de greve. De acordo com a diretora da APLB-Feira, professora Marlede Oliveira, estado de greve significa que o sindicato vai continuar visitando as escolas e conversando com os professores para informar qual a posição do governo municipal com relação às reivindicações da categoria. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (2).

“A categoria atendeu ao chamado da entidade com quase 500 pessoas presentes, mesmo com a jornada pedagógica em algumas escolas. A categoria decidiu aguardar até o dia 10. Não aceitamos reajuste de 7.64% parcelado para janeiro e para outubro. Queremos o enquadramento de todos os professores, pois o secretário disse que só depende do prefeito. Sobre o plano de carreira, eles vão estudar até o dia 10 e a partir daí vamos ter nova assembleia dia 13. Se não tivermos resposta até lá, vamos decidir o rumo do movimento”, afirmou.

Com relação ao plano de carreira unificado, Marlede explicou que a reivindicação é para os professores e também para os funcionários. Segundo ela, o plano de carreira em Feira de Santana para os professores é do ano de 92, sendo que a maioria dos municípios fez a reformulação. “A categoria entende que o plano está caduco, não tem regência de classe, não tem a valorização da formação profissional. É uma lei antiga que precisa ser reformulada para valorizar os trabalhadores em educação”, disse. 

Já com relação à previdência, Marlede diz que o prefeito José Ronaldo afirmou que está falida, mas ela salienta que os professores não tem culpa nisso. “Não fomos nós que falimos a previdência. O prefeito está há quase 20 anos à frente da prefeitura, então a culpa não é dos trabalhadores. Nós não aceitaremos que os trabalhadores paguem o déficit da previdência”, destacou.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.