Feira de Santana

Embasa descobre quase 100 ligações clandestinas na zona rural de Feira de Santana

A comunidade de Macambira foi um dos locais onde se verificou a existência de ligações clandestinas, e de acordo com o supervisor Erick Lima, esse tipo de procedimento indevido prejudica o abastecimento de água.

Laiane Cruz e Ney Silva

Equipes da Embasa estão intensificando ações de combate às ligações clandestinas, também conhecidas como gatos de água, na zona rural de Feira de Santana. Na tarde de quinta-feira (2), servidores da empresa, com o apoio da Polícia Militar, foram às comunidades de Macambira, Saco do Capitão e Água Grande, situadas no distrito de Maria Quitéria. No local, os técnicos fizeram escavações e encontraram entroncamentos na rede de água. No ano passado, foram identificadas mais de 1.200 ligações deste tipo na cidade.

O supervisor comercial da Embasa, Erick Lima, acredita que foram feitas quase 100 ligações clandestinas durante a operação. “Essa região tem constantes reclamações de falta d’água. Então a gente tem algumas suspeitas e denúncias de moradores, sobre usuários que vinham desviando a rede da Embasa para abastecer de maneira clandestina. Em um único trecho foram identificadas três ligações clandestinas, a gente estima que aproximadamente doze casas estavam sendo abastecidas”, informou.

Ele afirma ainda que existem diversas denúncias de moradores que tem a ligação ativa em suas residências, desviam a água, através de ligações, para abastecer outros imóveis e cobram pelo serviço. Outra situação é quando o usuário mantém a ligação oficial com hidrômetro e faz um ramal clandestino para a própria casa, fazendo o controle do consumo dele.

“Quando a gente identifica uma ligação clandestina, o usuário recebe um auto de infração dando um prazo de 15 dias para que apresente uma defesa. A gente julgando como improcedente, ele é multado e a gente pode recuperar até 12 meses de consumo deste imóvel. O furto de água está previsto no código penal, e o cidadão que for pego cometendo a irregularidade está sujeito a pegar de um a quatro anos de reclusão”, alertou o supervisor da Embasa.

A comunidade de Macambira foi um dos locais onde se verificou a existência de ligações clandestinas, e de acordo com Erick Lima, esse tipo de procedimento indevido prejudica o abastecimento de água. Segundo ele, 34 matrículas estão cadastradas no corredor, mas apenas cinco estão ativas e muitas famílias que não pediram a ligação ainda.

“Não tem como a gente dessasociar a falta de água da ligação clandestina, até porque quando um usuário está clandestino ele não se preocupa com o consumo e vai faltar água para os demais”, disse.

Na estrada Saco do Capitão também foi encontrada uma ligação clandestina, que abastecia uma pequena chácara. O agente de sistema de uma empresa que presta serviço para a Embasa, Manoel Ferreira, informou que por causa desse gato de água todas as comunidades de Saco do Capitão e Calandro estavam desabastecidas, porque tinha um registro de parada na rede.

A Embasa disse que vai continuar o trabalho de identificação de ligações clandestinas e pede o apoio da comunidade, que pode denunciar através do Whatsapp 75. 9 9978-2302.

Fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade