Feira de Santana

Motoristas do transporte clandestino fazem manifestação e bloqueiam entrada do Terminal Central

O presidente da Associação de Transportes e Mobilidade Democrática, Luiz Claudio de Santana Oliveira, acusa um policial de atirar contra um motorista durante uma perseguição.

Laiane Cruz

Motoristas do transporte clandestino de Feira de Santana, "os ligeirinhos", realizaram uma manifestação, na manhã desta quarta-feira (25), para protestar contra as abordagens feitas por agentes da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT). Os manifestantes iniciaram o movimento na Avenida João Durval, e por conta disso, houve retenção do trânsito. De lá, seguiram para a frente da SMTT.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Em seguida, o grupo seguiu também para a entrada do Terminal Central, onde queimou pneus e impediu a entrada de ônibus no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo.

O presidente da Associação de Transportes e Mobilidade Democrática, Luiz Claudio de Santana Oliveira, que representa os ligeirinhos, acusa um policial de, na manhã de hoje, atirar nas nádegas e na perna de um motorista durante uma perseguição.

Ele afirma que o homem foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), recebeu alta e vai prestar uma queixa na delegacia.

“Isso aconteceu no George Américo hoje pela manhã. O secretário diz que não tem perseguição, mas em Feira de Santana tem. Eles andam batendo nos carros da gente. Somos pais de família e agora colocaram policiais à paisana. Mas o transporte clandestino não é crime, é infração de trânsito. E não é dessa forma que vai resolver nossa situação. Nós nos mantemos com esse transporte”, disse Luiz Claudio.

O motorista Atanael Félix dos Santos disse que a secretaria colocou cinco policiais à paisana, que o agrediram e efetuaram dois tiros contra o colega na manhã de hoje.

Em resposta ao protesto dos ligeirinhos, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Pedro Boaventura, afirmou que vai investigar o caso.

“Estou mandando registrar na delegacia a ocorrência de disparo de arma de fogo para que a apuração seja feita pela organização competente. Os prepostos da Privat, empresa de segurança contratada mediante licitação, para proteger os nossos fiscais, afirmam que do lado de cá não partiu o tiro e presenciaram na ocorrência o lado de lá armado, mostrando a arma explicitamente. Mas as versões serão apuradas”, informou o secretário.

As informações e fotos dos repórteres Paulo José e Aldo Matos do Acorda Cidade.