Laiane Cruz e Ney Silva
Moradores dos bairros Caseb e Campo Limpo estão reivindicando da Prefeitura de Feira de Santana a realização de obras de saneamento básico. No caseb, são várias as reclamações em relação à Rua da Concórdia e suas transversais por causa dos serviços de revitalização da Lagoa Grande que vêm sendo feitos pela Conder.
Luiz Carlos da Silva Nascimento, que reside na 4ª travessa da Rua Paraguai, confirma que a situação das ruas piorou depois da intervenção da Conder. “Ficaram ruins a 2ª travessa da Concórdia e a 4ª travessa da Rua Paraguai. A gente não pode para um carro na frente de casa porque corta o pneu, estão cheias de buracos, temos que colocar o carro em outra rua. Eles colocaram manilhas, mas estouraram”, afirmou.
A aposentada Delza Almeida Pereira mora na 2ª travessa da Concórdia e está muito insatisfeita com os buracos. A insatisfação é tão grande que ela já colocou placa de venda na casa.
“Quero ir para minha terra, Coração de Maria, onde eu nasci. Não está fácil. A água da chuva vem de outras ruas para cá e o povo ainda aproveita para abrir as fossas. Muito sofrimento, muita muriçoca, rato, tudo o que o senhor imaginar”, protestou.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, diz que a Prefeitura não tem como fazer serviços de esgotamento sanitário sem que a Conder conclua as obras. Segundo ele, a previsão da Conder é de até o mês de abril, para eles entregarem a obra.
“O maior problema daquela região é que não tem esgotamento sanitário, que teria que ter sido feito primeiro para dar condição àquelas casas de viverem sem os dejetos ficarem retornando, como acontece lá. Quando chove, as águas retornam para as casas. Não tem como fazer um paliativo nesse momento. Quando a Conder terminar a obra na lagoa, todas as principais que interligam a João Durval com o Contorno vão ser recapeadas com asfalto”, disse José Pinheiro.
No bairro Campo Limpo, a falta de rede de esgotamento sanitário atinge o loteamento Parque Pitombo. Algumas ruas foram calçadas, mas quando chove, a água invade as casas. O caminhoneiro João da Silva, que mora na 1ª travessa Parque Pitombo, fala sobre a situação da rua.
“A rua ficou mais baixa devido ao calçamento das laterais no caso das principais, e as transversais ficaram sem calçamento. Quando chove, as águas entram para a rua e não tem saída. As casas ficam alagadas. Cavamos um pouco a rua para a água sair. Pedimos para o prefeito tomar uma providência e mandar alguém vir aqui porque o negócio está feio”, afirmou José da Silva.
O secretário José Pinheiro diz que já tem conhecimento desse problema. “A prefeitura já está notificando, porque tem muitas casas ali para tirar. Aquilo é uma área de preservação, era uma lagoa que vinha até o fundo da universidade, mas o pessoal foi construindo e aterrando. E só podemos fazer alguma coisa mediante a liberação do Meio Ambiente”, informou o secretário.