Rachel Pinto
Membros de sindicatos e movimentos sociais avaliaram a paralisação geral em Feira de Santana como positiva. As manifestçaões aconteceram durante toda a manhã desta sexta-feira (11) e vários setores pararam as atividades.
Alguns lojistas que abriram suas lojas no início da manhã foram recomendados pelos manifestantes a fechar as portas e a paralisação percorreu várias ruas do centro de Feira de Santana.
Antonio Cedraz, vice-presidente do Sindicato dos Empregados do Comérci0,o contou que no início da paralisação a adesão dos comerciantes foi fraca. Porém, com aglutinação de vários sindicatos o movimento cresceu e o objetivo foi cumprido.
Fotos: Acorda Cidade
“As lojas foram todas fechadas e acho que objetivo foi cumprido. Onde nós fomos passando as lojas foram fechando. Alguns comerciantes também fecharam sob pressão”, disse.
Marialvo Barreto, integrante do sindicato das escolas particulares destacou que a paralisação foi muito importante e configurou-se como um movimento bastante ordeiro.
“Eu tenho certeza de que os comerciantes também devem estar a favor. Mesmo com algumas lojas que insistiram depois em abrir. Percebe-se que com comércio inviabilizado, o movimento foi um sucesso e contou com a adesão de vários sindicatos em Feira de Santana.
Marialvo comentou ainda sobre os prejuízos da PEC 55. Para ele, ela demonstra um grande atraso no desenvolvimento do país.
“A Pec é um congelamento dos gastos públicos em 20 anos. Significa que não amplia recursos para a educação, para a saúde, para a moradia e estagna muito o país. Se concretizar não só a PEC, mas o conjunto de medidas, certamente o prato do brasileiro vai esvaziar e isso não serve nem para o comércio de Feira nem para ninguém ,A gente quer o crescimento da população e não o empobrecimento dela”, finalizou.
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Transportes
Durantes a paralisação, somente 30% da frota de ônibus circulou na cidade. Conforme divulgado pelo sindicato que representa a categoria, a paralisação seria total, porém diante da decisão da Justiça Regional do Trabalho no final da tarde de ontem, a frota mínina foi colocada nas ruas.
Veja abaixo a nota de esclarecimento do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs) sobre a situação dos tranportes na cidade.
NOTA PÚBLICA
Em atenção aos desdobramentos que estão sendo dados ao caráter da Greve Geral, realizada em todo o território nacional nesta sexta-feira, dia 11 de novembro de 2016, é importante esclarecer:
A Central Única dos Trabalhadores, entidade que representa os maiores sindicatos em todo o país, preocupada com a garantia dos direitos de todos os trabalhadores brasileiros, que estão sendo seriamente ameaçados com a aprovação da PEC 55 (241) e o projeto de Reforma Trabalhista e Previdenciária em curso convocou uma Greve Geral, com o objetivo de alertar a população e os próprios trabalhadores que este problema existe e precisa ser solucionado.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Feira de Santana como legítimo representante de uma categoria, apoiou o movimento e também convocou sua classe para participar desta paralisação, por entender que os direitos conquistados pelos brasileiros após tantos anos de lutas, não podem ser tolhidos. Por isso, mesmo não sendo o autor da iniciativa de greve, o Sintrafs também amparou a paralisação porque deseja chamar a atenção da comunidade feirense não somente para a proposta de emenda constitucional que reduzirá os investimentos em Saúde e Educação, mas também a Reforma Trabalhista e da Previdência que pretende e excluir direitos.
Embora saibamos a importância das atividades comerciais e industriais no país para a Economia, não podemos ficar omissos diante desta situação, pois não é o trabalhador quem deve ser responsabilizado e penalizado. Dessa maneira, ciente da importância do transporte coletivo para a população, o Sintrafs manteve a frota mínima estabelecida em lei para garantir o atendimento dos serviços essenciais.
Ademais, é importante ratificar que o Sintrafs não se manterá em silêncio diante da possibilidade da perda dos direitos trabalhistas; não podemos nos omitir diante do aumento da jornada de trabalho e da contribuição para aposentadoria, aumentos das terceirizações, aumento da idade mínima da aposentadoria, dentre outras atitudes que rasgam a Constituição Federal e Consolidação de Leis Trabalhistas.
Essa não é uma luta pelos diretos sindicais ou de uma categoria; mas de todos os trabalhadores brasileiros.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.