Restos mortais de Frei Urbano são transladados para Igreja dos Capuchinhos, em Feira de Santana

^{Andrea Trindade}

Os restos mortais do Frei Urbano Gregório de Souza ficará em um túmulo na Igreja dos Capuchinhos, em Feira de Santana, a partir deste domingo (6). Para marcar a transferência de Sapeaçu, onde o corpo foi sepultado em junho de 2004, para Feira, a Província Nossa Senhora da Piedade dos Capuchinhos da Bahia e Sergipe realizou uma celebração eucarística na manhã de hoje na igreja.

Frei Urbano foi muito querido pela comunidade e contava como ninguém detalhes sobre a vida de Santo Antônio. Em Feira de Santana foi ele quem criou o “Pão dos Pobres”, ação social que distribui pães todas as quartas-feiras na igreja dos Capuchinhos, a escola bíblica na paróquia e o Ministério de Leigos. Segundo o Frei Rutivalter Brito, ele também deixou como legado uma evangelização mais popular.

“Frei Urbano saiu de Sapeaçu para seminário o em Feira de Santana, foi para a Itália e se tornou frade, padre e voltou para a Bahia. Soube conquistar o povo pela sua simplicidade, pelo seu silêncio, e por palavras contidas e cheia e sabedoria. Ele foi um grande missionário da igreja e dos frades capuchinhos. Para mim Frei Urbano é um homem muito especial. Foi um dos meus incentivadores da vocação, me trouxe para o seminário, me acompanhou me viu padre”, declarou.

 Frei Rutivalter destacou que Frei Urbano buscava o bem do povo e da cultura na cidade. “Na rádio Sociedade ele tinha um programa chamado as duas cordas, que ele chamava a corda da fé e a cultura porque prezava muito por isto”, disse.

O Frei Liomar Pereira da Silva, da Província Nossa Senhora, disse que o recolhimento dos restos mortais de Frei Urbano para a Igreja dos Capuchinhos atende a um pedido dele. “Esta missa nos traz a recordação do baluarte da nossa província que foi o Frei Urbano. Ele foi sempre um diferencial, o protótipo de frade que nos dava sempre exemplo e testemunho, e resgatava o desejo de viver a paz na vida cotidiana. Estamos depositando aqui porque esta igreja representava muito para ele. Então respeitando a sua memória e seu pedido, a província trouxe para este lugar sob a proteção de Santo Antônio, a quem ele era muito devoto”, declarou.

Para a ministra da Eucaristia, Elizabeth Matos, 74 anos, Frei Urbano foi um homem muito justo e simples. “Mesmo sem me conhecer, ele me convidou para ser ministra da eucaristia há 20 anos, me incentivou e eu fui. Ele deixou muitas saudades e uma missa como esta me comoveu muito”.

Frei Urbano morreu no dia 06 de junho de 2004 na cidade de Jaguaquara (BA). Participaram da missa além de amigos e familiares, fieis das paróquias de Sapeaçú, Jaguaquara e Feira de Santana.

Com fotos e informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade