Inspetores da PRF ganham na Justiça direito de aposentadoria que havia sido cassado

_{Laiane Cruz}

O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Mizael Freitas, de 57 anos, que teve a sua aposentadoria do cargo cassada em 2013, conseguiu parecer favorável da Justiça, na última terça-feira, para reaver o benefício.
Mizael, juntamente com o inspetor Antonio Carlos Farias, enfrentou o processo de cassação sob a acusação de terem beneficiado uma empresa de escolta e batedores de carros nas rodovias federais da Bahia, na época em que Mizael Freitas era secretário de prevenção à violência de Feira de Santana. Já Antonio Carlos Ruvenal Farias, conhecido como Inspetor Farias, que sempre ocupou cargos de destaque dentro da Instituição, coordenou um grupo que combatia o transporte clandestino interestadual e foi processado sob a acusação de praticar atos ilegais. (Relembre aqui o caso)

“De forma injusta fui surpreendido no dia 10 de outubro de 2013 com as portarias de cassação da minha aposentadoria e do colega Antonio Costa, e a demissão do Antônio Carlos Ruvenal Farias, com um processo que foi movido pela superintendência da Bahia e agravado pela corregedoria geral em Brasília. A gente buscou levantar dados, documentos, provar com robustez contra tudo o que foi feito e foi por unanimidade decidida a ação que movemos contra o ato do ministro José Eduardo Cardoso, que sancionou nas portarias aquelas decisões”, informou Mizael Freitas.

Ainda de acordo com o inspetor, foi restaurado o vínculo deles com o órgão e também receberão os salários que ficaram bloqueados desde aquela época até então. “Agora estamos aguardando a decisão de outra ação que é anulatória para danos morais e materiais”, completou Mizael Freitas.

Na mesma data em 2013, o inspetor Ruvenal Farias foi demitido da Polícia Rodoviária Federal. Ele também ganhou a causa. Nesse período, o apoio da família e dos amigos foi importante para ele prosseguir lutando pela inocência e trabalhar prestando serviços como segurança.

“Armaram um processo administrativo que já estava prescrito. Ocorreram trâmites normais, forjaram documentos, misturaram documentos, modificaram alguns termos que tinha no processo. Foi uma coisa arquitetada para nos prejudicar”, relatou sobre o processo.

Ruvenal Farias afirma ainda que agora só está aguardando a publicação no Diário Oficial para se apresentar ao órgão, para ser reintegrado ao quadro.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.