Daniela Cardoso e Ney Silva
A situação tem sido de revolta para muitas pessoas que procuram algum tipo de apoio da Previdência Social em todo o Brasil. O governo federal tem sido rigoroso para conceder um Benefício de Prestação Continuada (BPC) às pessoas pobres que não têm renda e outras que, além de não terem renda, estão doentes.
É o caso do pedreiro João Teixeira Gonçalves de 59 anos, morador do conjunto Jomafa, em Feira de Santana. Desempregado, com problemas cardiológicos e suspeita de um AVC esquêmico, ele vem tentando há quatro meses ser amparado pela Previdência Social. A mulher dele, a dona de casa Maria Zilda dos Santos Gonçalves, explica as dificuldades que vem tendo ao lado do marido.
“Mandaram esperar para voltar lá em dezembro. Ele tem problemas cardíacos, teve um infarto, fez cirurgia do coração e a gente está vivendo com a ajuda dos outros. Até o dinheiro do transporte são os vizinhos e parentes que estão dando, além de gás, água, alimentação. Estou aqui com todos os exames”, afirmou.
De acordo com ela, o marido enfrenta dificuldades para dormir, tem instabilidade emocional. A dona de casa disse que já procurou a defensoria pública, mas até o momento não conseguiu nada. Segundo ela, o marido anda com muita dificuldade e necessita do auxílio de cadeira de rodas.
“A gente precisa desse benefício até pra comprar remédio pra ele, que é diabético. Tem que comprar remédio do coração, de pressão, para diabetes. São muitos remédios. A gente não tem como se sustentar sem esse benefício. É muito sofrimento, muita humilhação. Ninguém resolve nada. É uma verdadeira humilhação e ele está sem tomar o remédio”, afirmou.
A Gerência do INSS, no bairro Muchila, não atendeu a nossa reportagem. Mas mandou informar através de um servidor que o caso do pedreiro João Gonçalves está sendo analisado e que depende ainda de um exame para decidir se o benefício vai ou não ser concedido.