Valdomiro Silva
Secretário municipal de Comunicação
A rede municipal de educação, em Feira de Santana, reagiu de maneira vigorosa, de sua situação até então ruim no Ideb, o Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico. Os números da mais recente avaliação, feita em 2015, mostram que as escolas da Prefeitura podem atingir a meta e até mesmo supera-la em 2017, caso mantenha a performance.
No quinto ano (séries iniciais), o Ideb na rede municipal subiu de 3.4 para 4.0, com significativo crescimento de 6 décimos. Encostado na meta, que é de 4,2. E de 3.1 para 3.5 no nono ano (séries finais), avanço de 4 décimos. Apenas 5 décimos para atingir a meta de 4 pontos. Observe-se que a projeção de crescimento do próprio Ideb para cada análise é de 0.3 pontos, o que foi superado em 2015 pela rede municipal de Feira. É a melhor avaliação das nossas escolas nos últimos 10 anos.
Portanto, em que pese o fato de Feira de Santana ainda estar perseguindo atingir a meta estabelecida, não se deve menosprezar o crescimento obtido, o que demonstra que os investimentos feitos pelo município na sua rede de ensino estão dando resultado positivo. Desconhecer essa realidade não parece ser razoável.
O prefeito José Ronaldo e a secretária Jayana Ribeiro estão sendo também avaliados, através dos números do Ideb. E o que se pode dizer do desempenho deles? 2013 marcou o começo da administração deles, após quatro anos com o município sob outro comando.
Ronaldo e Jayana não podem ser responsabilizados pelo resultado do Ideb daquele ano, quando ainda iniciavam seu trabalho. Na prática, o primeiro Ideb sob total responsabilidade da educação a cargo de Ronaldo e Jayana acontece mesmo em 2015, e o segundo em 2017, independente de quem venha a ser o prefeito lá adiante.
Por outro lado, comparar Feira de Santana com cidades de 15 mil, 20 mil habitantes, como se tem explorado no horário de campanha política, é algo que apenas se justifica quando a análise tem cunho partidário. O grau de complexidade é muito diferente de uma metrópole que conta com mais de 200 unidades escolares. Seria como buscar relação entre o número anual de homicídios de Feira com o da cidade de Tanquinho. Não faria sentido.
Atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Educação pode parecer algo como "simples obrigação", mas na conjuntura do ensino público no país, quem alcança-lá deve, sim, comemorar.