Feira de Santana

Primeiro dia de greve dos bancários gera reclamações de clientes

O diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, Edmilson Cerqueira, ao avaliar o primeiro dia de greve disse que a adesão foi de cem por cento da categoria e que em Feira de Santana há cerca 700 bancários.

Ney Silva e Rachel Pinto

A greve dos bancários em seu primeiro dia em Feira de Santana causou reclamações, principalmente de aposentados, que recorreram aos caixas eletrônicos de agências, como Banco do Brasil e Bradesco.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Nas duas agências do Banco Bradesco, da Rua Conselheiro Franco, as filas eram enormes e a todo o momento havia discussão entre os clientes, porque alguns tentavam cortar a fila. A direção do Sindicato dos Bancários colocou pessoas para orientar os clientes nos caixas eletrônicos.

O aposentado Jorge de Jesus reclamou que esperar na fila em pé gera muito desconforto.


 

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Nós que somos idosos estamos sempre doentes, com dores, e ainda ficar em pé tanto tempo não dá. Misericórdia! Estou aqui há quase duas horas e nem sei quando serei atendido”.

A também aposentada Maria de Jesus Lima, que aguardava ser atendida na fila do caixa eletrônico do Banco Bradesco da Rua Conselheiro Franco, também reclamava do desconforto de ficar tanto tempo em pé para sacar o benefício da aposentadoria.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Estou com chikungunya e muita dor na coluna. O atendimento está muito demorado”, contou.

Assim como no Banco Bradesco, na agência do Banco do Brasil da Rua Conselheiro Franco era grande o movimento. Porém, não havia reclamações e as filas eram menores. O Sindicato dos Bancários disponibilizou um funcionário nesta agência para orientar os clientes.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários Edmilson Cerqueira, ao avaliar o primeiro dia de greve, disse que a adesão foi de cem por cento da categoria e que em Feira de Santana há cerca 700 bancários.

Ele explicou que a greve dos bancários é contra os bancos e não contra os clientes e principalmente os aposentados que, segundo ele, independente de greve são praticamente impedidos de adentrarem as agências nos dias normais de funcionamento.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Estamos aqui para defender a categoria para lutar por um melhor atendimento inclusivo para a população”, afirmou.

Edmilson disse que reclamações das pessoas com relação ao funcionamento dos terminais de caixa eletrônico acontecem independente de greve e ocorrem também em dias normais de funcionamento das agências bancárias.

Sobre as reivindicações da categoria foi entregue desde agosto a pauta e inclui reajuste de 14,57%, fim das demissões, mais contratações, combate à terceirização, fim do assédio moral e da pressão por metas, mais investimento em saúde, segurança e melhores condições de trabalho.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Após quatro rodadas de negociação, os patrões ofereceram 6,5% de reajuste, índice que não cobre sequer a inflação do período, projetada em 9,57%, e representa uma perda de quase 3% nos salários da categoria, que trabalha no setor mais lucrativo da economia.