Feira de Santana

Ônibus de Feira de Santana são vistos em SP; secretário diz que eles fazem parte de frota excedente

Ele garantiu que 'a frota de ônibus das empresas que operam o transporte coletivo em Feira de Santana está com seu número normal'.

Andrea Trindade

Sobre as imagens de ônibus de Feira de Santana circulando em uma cidade do interior de São Paulo, e que estão sendo compartilhadas nas redes sociais, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Pedro Boaventura, afirmou que as empresas são permanentemente fiscalizadas e que em relação ao recall de alguns veículos, o que foi feito recentemente, segundo a empresa, o problema já está superado.

Ele garantiu que “a frota de ônibus das empresas que operam o transporte coletivo em Feira de Santana está com seu número normal, conforme previsto em contrato firmado com o Município”.

Segundo o secretário, uma quantidade de ônibus superior ao determinado estava disponível nas garagens. "Em relação a esses veículos que excedem a frota operacional e a contingência de reserva, não podemos impedir que as empresas façam deles o que lhes for conveniente. O que importa ao Município e à comunidade é que as empresas cumpram o que está previsto em contrato no que diz respeito aos ônibus em operação e o contingente estabelecido de 5 a 10% em caráter de reserva. Esses números estão sendo rigorosamente aplicados. Nós estamos acompanhando diretamente", afirma Boaventura.

A denúncia também repercutiu na Câmara de Vereadores na quarta-feira (24). Em discurso proferido na tribuna da Casa da Cidadania, na manhã desta quarta-feira (24), o vereador Alberto Nery (PT), com base em informações de rodoviários sindicalistas do estado de São Paulo, denunciou que 10 ônibus que foram retirados da frota das empresas que operam o serviço de transporte coletivo em Feira de Santana estão rodando no município de Sorocaba. O petista disse que também dispõe das fotos que comprovam a denúncia.

Foto: Vinícios Oliveira

Segundo o vereador, os empresários do grupo Rosa e São João, ao serem questionados sobre o assunto, deixaram bem claro que estavam tirando os ônibus da frota porque o sistema de transporte coletivo de Feira de Santana não os remuneram conforme estava contido no edital de licitação, “que era transportar 2,5 milhões de passageiros – eles hoje estão transportando 1,8 milhão e alegam que estão tendo um prejuízo de aproximadamente R$ 1,6 milhão por mês”, informou o edil na tribuna da Casa da Cidadania.

O petista acrescentou que, de acordo com o edital de licitação, as empresas Rosa e São João têm também que comprovar mensalmente o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço da classe trabalhadora. No entanto, disse o vereador, as empresas supracitadas ficaram quatro meses sem fazer o depósito e, após reclamação do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs) e do Ministério Público, os empresários do transporte coletivo fizeram um parcelamento do FGTS.

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Trecho do edital