Caso de agressão

Superintendência e chefe de segurança do Boulevard Shopping prestam depoimento à polícia

De acordo com a delegada Ludmila Vilas Boas, responsável pelo caso, a superintendência do shopping e o chefe de segurança também negaram que o policial estava fazendo serviço de segurança no dia do crime.

Rachel Pinto

Na manhã desta quinta-feira (4), a Superintendência e o chefe de segurança do Boulevard Shopping prestaram depoimento à Polícia Civil de Feira de Santana sobre o caso de espancamento do jovem Milton da Silva França Júnior, de 23 anos, que aconteceu na noite do último sábado (30). O policial militar Miguel Ângelo Almeida de Assis, de 39 anos é acusado de praticar as agressões e em depoimento prestado na tarde de ontem ele negou trabalhar no estabelecimento ou realizar qualquer serviço de segurança particular.

De acordo com a delegada Ludmila Vilas Boas, responsável pelo caso, a superintendência do shopping e o chefe de segurança também negaram que o policial estava fazendo serviço de segurança no dia do crime. 

“O shopping se exime de toda e qualquer responsabilidade. A gente já esperava por isso. Informaram que câmera de 360º não estava posicionada no momento da agressão. Mas, ainda estamos em busca de outras informações a respeito desse fato. Estamos apurando, buscando elementos e confrontando depoimentos, principalmente. Não descartamos a hipótese nem de acareação, nem de reprodução simulada do crime. O que nos interessa também é explicar porque tantas lesões na vítima, tendo em vista que o acusado afirma que deu um soco somente”, afirmou.

Ludmila Vilas Boas informou que a polícia analisa as imagens registradas e será feito o exame de corpo de delito. A família da vítima deverá apresentar o relatório médico para municiar a requisição ao Departamento de Polícia Técnica (DPT). Além disso, outras pessoas serão ouvidas. Testemunhas oculares do fato, pessoas que estavam na central de monitoramento de câmeras e o segurança contratado pelo shopping que trabalhava no local da agressão.

“A câmera é o instrumento acessório. Não vai delimitar o que houve. Precisamos de testemunhas e de pessoas que nos digam o aconteceu pra se eximir toda e qualquer dúvida a respeito do assunto. Temos 30 dias para concluir as investigações e ainda temos diligências para serem realizadas. Não está findado o inquérito policial e é preciso esclarecer todas as dúvidas”, finalizou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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