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Exame revela agulhas no corpo de criança de 3 anos no interior de AL

Conselho Tutelar de Jacaré dos Homens está averiguando o caso. Mãe da criança acredita que marido seja o responsável pelo ato.

27/08/2014 às 17h32, Por Maylla Nunes

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O Conselho Tutelar de Jacaré dos Homens, município do Sertão de Alagoas, averígua um caso de maus-tratos contra uma criança de Atalaia. Após denúncias anônimas, uma menina de três anos foi encontrada na casa da tia com um hematoma no olho esquerdo. Exames realizados na criança também constataram que ela tinha três agulhas espalhadas pelo corpo.

O conselheiro José Carlos Ferreira conta que a tia, cansada de ver a menina sendo vítima de maus-tratos, levou a criança de Atalaia, onde vivia com a mãe e o padrasto, para Jacaré dos Homens, em uma tentativa de resgatá-la. "Quando chegamos lá vimos que a menina estava com o olho machucado e ela relatou também que tinham cortado o cabelo dela. Perguntamos quem tinha feito isso e ela respondeu que foi padrasto", relata o conselheiro.

Ainda segundo o conselheiro, a mãe da criança foi dias depois para Jacaré dos Homens e contou que já havia retirado do corpo da menina algumas agulhas que estavam sob a pele. Questionada pelo conselheiro quem tinha feito isso, a mulher se isentou. "Ela disse que só moravam os três e que não tinha sido ela e só poderia ter sido o marido, padrasto da menina", ressalta.

Após o relato, o Conselho Tutelar pediu um exame de corpo de delito ao Instituto Médico Legal (IML) e um raio-x do abdômen da criança, em uma clínica de Arapiraca. O resultado saiu na segunda-feira (25) e foi constatado que agulhas estavam no corpo da criança. "Havia três agulhas no corpo da criança e junto com a Secretaria de Saúde solicitamos uma consulta urgente", explica Ferreira.

A criança passou pela Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca na terça-feira (26), mas o médico que atendeu a garota disse que não havia necessidade, por enquanto, de cirurgia. "Disseram para gente que não era necessário retirar as agulhas e que a criança poderia ficar anos sem sentir nada ou ter uma complicação em meia hora", relata o conselheiro.

Por conta da informação passada pelo médico, o Conselho Tutelar disse que irá buscar uma outra opinião. "A menina chora muito de dor e isso não deve ser normal, por isso vamos procurar uma segunda opinião médica", diz José Carlos Ferreira.

A reportagem do G1 entrou em contato com a delegacia de Atalaia que está a frente do caso, já que a menina foi vítima de maus-tratos no município. Entretanto, o delegado Dalmo Lima não estava na delegacia e os agentes não tinham informação sobre o caso até a publicação desta reportagem. As informações são do G1.

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