Feira de Santana
Evento de programação e robótica discute importância da computação para crianças
Participaram da conferência alunos de 7 a 14 anos e os pais também participam de oficinas.
01/08/2015 às 17h13, Por Maylla Nunes
Daniela Cardoso
A Escola João Paulo I, em Feira de Santana, sedia a Conferência de Desenvolvedores para Crianças, evento internacional de programação e robótica para crianças. Depois da Bélgica, São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre, o TDC4Kids chegou ao Nordeste. Participaram da conferência alunos de 7 a 14 anos e os pais também participam de oficinas.
A coordenadora de tecnologia educacional, Elisangela Freitas, informou que a escola foi convidada a sediar essa conferência devido a necessidade que a criança tem de cada vez mais avançar no meio tecnológico.
“A gente percebe que a criança é apenas consumidora da tecnologia. Quando a gente a insere na linguagem de programação, ela passa a ser produtora, pois tem a oportunidade de aprender a produzir seus próprios games. A linguagem de programação desenvolve nos alunos habilidades tecnológicas, mas também contribui com a concentração e ajuda nas disciplinas do currículo escolar, como matemática, por exemplo”, afirmou.
O presidente da Sou Java, Bruno Souza, palestrou para os pais das crianças que participaram da Conferência. Ele falou da importância da computação nos dias atuais e da importância das crianças aprenderem sobre isso.
“A computação é fundamental, pois hoje os computadores estão em todos os lugares, em qualquer área profissional. A computação é parte do nosso dia a dia, mas existe um grupo pequeno de pessoas que programam os computadores. Nós precisamos mostrar para nossas crianças esse papel. Assim como os computadores controlam o mundo hoje em dia, o saber interagir com eles é fundamental para nossas crianças serem os atores desse mundo. É fundamental que as crianças sejam alfabetizadas digitalmente”, destacou.
De acordo com Bruno Souza, esse trabalho com as crianças é sempre uma evolução e todas as pessoas envolvidas no projeto aprendem sempre mais. Ele informou que o evento surgiu quando pais, assim como ele, estavam tentando ensinar seus filhos a usar melhor a internet e viram que não era tão fácil.
“Começamos a nos reunir e agora estamos passando isso para outros pais, que hoje participaram de várias oficinas aqui. É importante que os pais tenham conhecimento sobre isso e acompanhem seus filhos no que eles fazem na internet”, afirmou.
Oficina com Lego
Durante a conferência, foram realizadas oficinas com lego, brinquedo de encaixe que permite inúmeras combinações e estimulam a criatividade de crianças e adultos por todo o mundo. De acordo com a publicitária Paquisa Mazzola, que foi executiva nas áreas de marketing em empresas como LEGO Education, ZOOM Education for Life e Instituto Aprender Fazendo e Análise e Síntese – Instituto de Pesquisa, o Lego é um brinquedo, mas também pode ser considerado como uma ferramenta na educação.
“O que eu acho interessante é que ele proporciona uma linguagem comum. O mesmo bloco pode ter diferentes significados. Eles podem ter diferentes imagens para cada uma das pessoas, de acordo com as vivências e com as referências que ela tem de vida na hora que vai construir aquilo. Cada pessoa vai usar as peças de uma forma que materialize uma ideia com as referências que ela já traz da vida. Então, eu diria que o lego é uma ferramenta superpoderosa para estimular a criatividade e a imaginação”, afirmou.
O professor Almiro, considera que a vantagem de utilizar o lego é que, assim como a ciência, ele trabalha com a construção de modelos de representação de mundo. Ele afirma que existem infinitas possibilidades quando se utiliza o lego. “Por isso que acredito que não é um quebra-cabeças e sim aquilo que abre a criatividade e nos coloca em uma situação de constante construção de conhecimento”, disse.
Cecília Oliveira, mãe de aluno, afirmou que adorou participar da oficina de lego. “Estou adorando participar dessa oficina e fui surpreendida pela metodologia lego. A gente recebe os desafios e busca várias formas de resolver. O lego mostra infinitas possibilidades”, avaliou.
Vidal Souza, que é pai de aluno, também aprovou a oficina. “Vejo na questão da metodologia lego a possibilidade de criar algo infinito, colocar a imaginação a prova e produzir cada vez mais, trazendo soluções para questões cotidianas”, observou.
Robenilson Almeida, que foi o desafiador durante a oficina de lego, disse que não conhecia o instrumento, mas que descobriu que o lego é uma ferramenta muito simples e desafiadora.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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