Entrevista

Entrevista: Zé Neto diz que José Ronaldo está batendo na porta do PT

O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do Governo Wagner na Assembleia Legislativa da Bahia, falou ao radialista Dilton Coutinho sobre as ações do governo em Feira de Santana, a situação da Br-324, segurança pública, Clériston Andrade, dentre outros assuntos que afetam a Bahia e Feira de Santana, principalmente

13/06/2011 às 17h57, Por [email protected]

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Edição: Roberta Costa

O deputado estadual Neto (PT), líder do Governo Wagner na Assembleia Legislativa da Bahia, falou ao radialista Dilton Coutinho, do Programa Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (13), sobre as ações do governo em Feira de Santana, a situação da Br-324, segurança pública, Clériston Andrade, dentre outros assuntos que afetam a Bahia e Feira de Santana, principalmente.

Deputado, no último dia 10, o secretário de Saúde Jorge Solla esteve com o senhor visitando as dependências do Hospital Geral Clériston Andrade e constaram que 30% dos servidores estão afastados das suas atividades. Qual a solução que o Senhor tem para o hospital?
O problema da saúde é muito claro. É preciso fazer um bom diálogo com o Governo Municipal para que as coisas funcionem. Desde o começo do governo, estamos trabalhando para melhorar as condições nos hospitais baianos, mas, se a rede de saúde municipal não se conectar com a estadual, não vai funcionar. Conseguimos poucas coisas com o prefeito Tarcízio Pimenta. Agora, com Getulio (Barbosa, secretário de saúde do município) até melhorou, mas a rede municipal de saúde deve ser reestruturada. Por exemplo, um paciente com fratura simples fechada deve ser atendido pela rede municipal e as fraturas abertas (mais graves), pelo Clériston. O que acontece é, que o paciente com fratura simples não é atendido pelo município e vai para o Clériston, tomando o lugar de um paciente mais grave.


É verdade que no momento da sua chegada com o secretário, funcionários estavamescondendoos pacientes que estavam nos corredores do hospital?
Encontramos coisas que não gostaríamos de encontrar no Clériston Andrade. Fomos de surpresa e pretendemos fazer isso mais vezes. O hospital está subdimensionado, se fez alguma coisa, mas muito ainda deve ser feito. Temos um problema de gestão e de cooperação geral. O Clériston atende pacientes de 126 municípios. Dos 75 leitos, apenas 20 estavam funcionando no dia da visita. Sabemos da situação, mas medidas estão sendo tomadas, como a construção de mais 5 hospitais na Bahia, melhorando a saúde no interior e “desafogando” o Clériston.


E a Radioterapia, quando irá funcionar em Feira?
Acredito que em agosto ou setembro, teremos a radioterapia funcionando na cidade. Quero parabenizar a direção do Hospital Dom Pedro de Alcântara e lembrar que a entrada de Jodilton Souza, trouxe mais 40 leitos para atendimento geral, de urgência e emergência no Dom Pedro, além de iniciar os transplantes de rim na unidade.


Via Bahia: Sabemos que o pedágio ainda não está justificado na Br-324. O que o Governo está fazendo para melhoria da situação da pista?
A política de privatização é nacional. Eu fui contra o pedágio, mas fui vencido. Briguei para conseguir diminuir o preço da tarifa e hoje temos um dos três pedágios mais baratos do Brasil. A Via Bahia completou as obras com 8 meses de atraso. Antigamente, o governo melhorava as vias e entregava tudo pronto para a empresa. Hoje não, a gente entrega no osso e eles consertam. Mas, quem libera é a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a responsabilidade é dela. É fato que a 324 melhorou. Mas, não está nas condições que esperamos. É preciso dar um tempo de maturação para a via Bahia, dia 17 teremos uma audiência pública na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) para discutir essa questão. Não éna 324 que temos problemas, a Br-116 também requer melhorias.


E a construção da terceira pista da Br-324?
Essa construção tem um prazo para ser terminada e esse prazo ainda não venceu. Até o final do ano, não podemos aceitar que as obras do anel de contorno não sejam iniciadas. Se você chega em Feira de  Santana às 17h, você não consegue entrar na cidade e isso interfere no nosso desenvolvimento.


E o Centro de Logística da cidade?
Essa construção não é simples. Estamos trabalhando para construí-lo fora da cidade e isso depende de um arranjo institucional grande. Na política pública não existe a rapidez que desejamos, mas estamos trabalhando. Tivemos um semestre “xoxo”, sem capital, sem recursos para desenvolver alguns projetos. Acredito que a partir de agosto iremos retomar o ritmo.


Qual a situação da Avenida Airton Senna. O que falta para terminar as obras?
Já fizemos a nossa parte, falta agora a parte do município.


Qual o objetivo da Assembleia Itinerante?
Iremos trazer a reunião para Feira de Santana, dia 16, para discutir, dentre outros assuntos, a questão da região metropolitana. Estou com esse debate desde o ano passado e estamos discutindo qual a melhor forma de viabilizá-lo.  E, no dia 20, faremos uma avaliação do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana, às 9h, no auditório do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães.


Falando de política, qual sua reação a afirmação de Jaques Wagner, de que o Senhor é o nome dele para concorrer às eleições 2012 para prefeito?
Em primeiro lugar, 2012 deve ser tratado em 2012. Isso não impede que cada um tenha uma opinião. Wagner é um militante privilegiado, mas quem decide isso é o partido. Com essa afirmação, tenho certeza da minha responsabilidade com o que falo, faço e com minhas atitudes em relação a nossa cidade. Ainda não tivemos um dialogo mais profundo sobre a sucessão eleitoral, agora é hora de trabalho.


E a possível ida de José Ronaldo (ex-prefeito de Feira, partido Democratas) para o PT?
É importante lembrar que eu me relacionava com o prefeito Tarcízio Pimenta mesmo no DEM, continuarei me relacionando com ele no PDT. Em relação a José Ronaldo, ele tem batido na porta, mas ainda não entrou. Isso só nos mostra que o Governo está com um projeto arrumado, a oposição está respeitando isso e quer vir para o nosso lado.


Ele seria bem recebido no PT?
Eu não sei, vamos deixar isso pra frente.


Recentemente um jornalista de Feira de Santana, afirmou que o Governador não gosta de Feira. Qual sua opinião sobre essa afirmação?
Não repita isso. Temos 17 milhões investidos na nossa cidade. Saltamos de 32% para 95% de cobertura de esgoto na cidade, temos mais 57 carros para a Polícia Militar. Além disso, estamos refazendo o projeto do Centro de Convenções, buscando medidas para viabilizar o aeroporto de Feira, que está com a pista reformada e com muro, reformamos as escolas estaduais de Feira de Santana.


E a reforma do presídio de Feira de Santana?
A reforma do presídio sai em agosto. O edital está pronto, está tudo arrumado. O complexo policial do bairro do Sobradinho saiu.

Quando vai terminar a greve das universidades do Estado? Como estão as negociações com os professores?
Eu sou o mediador da negociação. A parte do governo e do salário está resolvida. Estamos dialogando. Até quarta-feira (15) teremos uma solução. O cobertor não é tão comprido quanto pensam

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