Restauração

Casa Branca vai ganhar coroa de Xangô restaurada

A Coroa de Xangô do Terreiro de Casa Branca, que em yorubá é conhecido como Ilê Axé Iyá Nassó Oká, foi selecionada para os editais de Preservação, Dinamização e Difusão de Acervos do Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC).

28/02/2011 às 23h35, Por [email protected]

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A Coroa de Xangô do Terreiro de Casa Branca, que em yorubá é conhecido como Ilê Axé Iyá Nassó Oká, foi selecionada para os editais de Preservação, Dinamização e Difusão de Acervos do Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). O órgão pertence a secretaria estadual de Cultura (SecultBA) e é responsável pela política pública de preservação dos patrimônios culturais da Bahia.
 
A coroa foi elaborada na década de 1960 por Julieta Oliveira, conhecida como Julieta de Oxum, em promessa a Xangô, orixá dos raios, trovões e do fogo de origem yorubá. Antes existia outra coroa então esculpida pelo ogã Veludinho, segundo tradições da Casa Branca. Ogã é uma das funções assumidas por homens com obrigação de auxiliar e proteger o terreiro do qual participa.
 
A Associação São Jorge do Engenho Velho, representante da Casa Branca, foi proponente do projeto de restauração. De acordo com o ogã da Casa Branca, Antônio Luiz Figueiredo, a peça seria singular. “Não temos conhecimento de outra peça com essas características”, diz Figueiredo. Esculpida em madeira e decorada com pedras e pérolas, a coroa tem 1,75 metro de diâmetro. Mais para cima, no telhado, encontra-se o oxê de Xangô – machado de dois gumes – símbolo característico do orixá.
 
A restauração tem custo de R$ 27 mil, com recursos da política pública de editais do IPAC. De 2007 a 2011 o IPAC já executa 73 projetos da sociedade civil. Os editais são realizados com recursos do Fundo de Cultura e já atingiu cerca de 200 municípios. “Os editais fazem com que a sociedade participe efetivamente das políticas públicas, garantindo ferramentas transparentes e democráticas na distribuição de recursos para as ações culturais”, diz Mendonça. De 2008 a 2010 já foram investidos mais de R$ 2 milhões via editais.

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