Feira de Santana

Construtores denunciam cortes nos recursos do Minha Casa, Minha Vida em Feira de Santana

Pequenos construtores realizaram um protesto em frente à Caixa na manhã de hoje para protestar contra o fim do programa.

19/10/2017 às 15h39, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Pequenos construtores de Feira de Santana e pessoas ligadas à construção civil no município realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (19), em frente à agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Getúlio Vargas, para protestar contra a falta de recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida e diversos contratos que estão parados.

O corretor de imóveis Carlos Patrocínio afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que o movimento foi organizado Associação dos Construtores Individuais de Feira de Santana e Região (ACIFS), que teme o fim do programa habitacional. Ainda segundo ele, há rumores de que a Caixa pode ser privatizada.

“O Minha Casa, Minha Vida contemplou agora uma faixa da sociedade com até três salários mínimos, com subsídio de até 31 mil, e se o governo acaba com o programa, fica mais difícil a sociedade conquistar a tão sonhada casa própria. Nós temos um déficit habitacional ainda, segundo as pesquisas do próprio governo, de aproximadamente 4 milhões de moradias, e casas de até 150 mil reais têm uma demanda ainda bastante crescente. E nós temos destaque nacional no número de unidades habitacionais dentro do programa Minha Casa, Minha Vida”, afirmou o corretor.

Ele disse que há muitos contratos parados na Caixa à espera de recursos e que, por conta disso, muitos construtores estão sem dinheiro e demitindo funcionários. “Nós temos casos de pessoas com contratos há 30 ou 40 dias que já estão assinados, mas não estão sendo repassados os recursos. Isso significa que todo o processo foi realizado através do construtor, do corretor imobiliário, mas a parte dos recursos está travada, muitos estão sem receber e automaticamente começa uma demissão em massa”, completou.

O construtor Paulo Sérgio reafirma que existe uma ameaça por parte do governo de acabar com o Minha Casa, Minha Vida. “Já tinham sinalizado essa falta de recurso e eu dei uma freada e dispensei meu pessoal, para esperar o que vai acontecer daqui pra frente. Esperamos chamar a atenção do governo para que venha nos ajudar e o programa continue”.

Ele afirmou ainda que há em torno de 210 pequenos construtores cadastrados pela Associação em Feira de Santana, os quais têm muitos investimentos na Caixa. “Não há razão para tratarem a categoria dessa forma”.

Vitor Coutinho, que também é construtor individual, salientou que há muita demanda e poucos recursos por parte da Caixa, mas que uma reunião foi agendada para o dia 24 de outubro para tratar da liberação de mais recursos para o programa até o final do ano.

“A nossa preocupação atual é que o programa Minha Casa, Minha Vida entre em colapso, por conta dessa falta de recursos que estamos tendo. Tem dezenas de contratos individuais sem assinar por conta da falta de recursos. A Caixa vem colocando os contratos por ordem, os que estão na frente são assinados e os que estão atrás ficam esperando. É muita demanda para pouco recurso. Queremos que o governo libere mais recursos para o resto do ano, porque são muitas contratações”, disse.

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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