Feira de Santana
Zé Neto fala sobre crise na saúde em Feira de Santana e diz que falta apoio do município
O deputado esteve no programa Acorda Cidade desta segunda-feira (20).
20/06/2016 às 18h00, Por Maylla Nunes
Daniela Cardoso
São constantes as reclamações de problemas relacionados a área de saúde em Feira de Santana, muitos deles envolvendo o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e o Hospital Estadual da Criança (HEC). Para falar sobre essas questões o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto, esteve no programa Acorda Cidade desta segunda-feira (20).
Zé Neto reconheceu que Feira de Santana tem muitas dificuldades na área de saúde e ele atribui a “pouca resolutividade na rede pública municipal, o que sobrecarrega a rede estadual”. Ele afirma que o Clériston e o Hospital da Criança estão sobrecarregados e diz que as policlínicas municipais não atendem a demanda de atendimentos mais simples. O deputado destacou os atendimentos na área de cardiologia e oncologia, que segundo ele, são resultados do esforço do governo estadual.
“Após muito luta, hoje Feira de Santana tem cardiologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Dom Pedro de Alcântara. Feira tem um núcleo de oncologia, com mais de 1300 pacientes sendo atendidos. Lutamos muito para conseguir esse núcleo e tudo isso foi feito para que o Dom Pedro não fechasse o pronto socorro, que era responsável por atendimentos de até 170 pacientes por dia, e também para que não fechasse a obstetrícia, porém tanto o pronto socorro como a obstetrícia foram fechados, pois o município não deu apoio. O estado fez a parte dele”, afirmou.
Zé Neto disse ainda que o município também é responsável pela redução de quase 40% das cirurgias, principalmente ortopédicas, que eram realizadas na Casa de Saúde Santana. Isso, de acordo com ele, gerou um problema gravíssimo, pois toda a demanda está indo para o Clériston Andrade. Além disso, o deputado falou sobre as Unidades de Pronto Atendimento do município, que, segundo ele, foram conseguidas através de esforço do Estado.
“Há seis anos conseguimos três UPAs e as duas do município fomos nós que fomos atrás, durante o governo Tarcízio Pimenta. Uma UPA está funcionando na Mangabeira e a outra na Queimadinha. Já a UPA do estado não teve a verba depositada em conta e era outro tipo de contrato. Tivemos problemas com as medições e atrasou quase três anos. Acredito que entregaremos essa UPA do Clériston até agosto, no mais tardar setembro. Essa do Clériston não é uma UPA comum, ela é maior e terá 32 leitos de atendimentos de urgência e emergência. É um mine-hospital, com salas de estabilização, com atendimento de leitos e vai dá um suporte para o Clériston”, disse.
Zé Neto afirmou que o estado tem se movimentado para melhorar a situação da saúde em Feira de Santana. Ele acredita que a UPA vai ajudar muito. Além disso, o deputado falou sobre a criação de clínicas no estado da Bahia, por regiões, para atender os consórcios. Segundo ele, no total são mais de 20 cidades e cerca de oito prefeitos já assinaram. “Uma das clínicas vai ser em Feira, ainda não temos a localização. Vai ser uma grande policlínica de média complexidade”, destacou.
Hospital Estadual da Criança
Sobre a troca constante da empresa que administra o Hospital Estadual da Criança (HEC), Zé Neto explicou que a cada dois anos tem que ser feita uma licitação para renovação de contrato, conforme está previsto em lei.
“Estamos renovando a cada dois anos a contratação de prestação de serviço. Estamos fazendo uma experiência nova, pois quando fizemos os novos hospitais da Bahia, nós não tínhamos mais suporte para a contratação de pessoal pelo estado, pois a conta já está estourada. Então fazemos a contratação de serviço, mas a exigência da lei é que a cada dois anos se renove através de licitação”, afirmou.
Aumento salarial dos professores estaduais
De acordo com o deputado Zé Neto, em nenhum estado do Brasil vai ter aumento no salário dos servidores e também não há previsão para a Bahia.
“No ano passado, tivemos apenas quatro estados que deram aumento e a Bahia estava entre eles. Infelizmente o esforço feito no Brasil é para pagar o salário em dia. Já tem 14 estados pagando atrasado e nove já anunciaram que não vão pagar 13º ou vão dividir. No Nordeste apenas a Bahia paga dentro do mês e queremos continuar pagando em dias. Tivemos uma perda de mais de 1 milhão de reais do governo federal, que não foram repassados, então a situação está apertada e não temos previsão de aumento”, informou.
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