Feira de Santana

Diretor de creche acusado de estupro tem prisão preventiva revogada

Os exames relacionados à libido e constatação de virgindade deram negativos.

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Ney Silva e Andrea Trindade

Foi solto na tarde desta quinta-feira (10), o líder comunitário Jonas Souza de Jesus, 55 anos. Ele estava preso desde o último dia 20 de agosto no Conjunto Penal de Feira de Santana, depois de ter sido denunciado por estupro de vulnerável. De acordo com a investigação feita pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (DAI/Derca), Tio Jonas, como é conhecido na comunidade, teria abusado sexualmente de uma menina de 12 anos, assistida pela creche escola dirigida por ele, no bairro Conceição.

Ao deixar o conjunto penal, Tio Jonas informou que nos últimos 20 dias ficou orando o tempo todo e afirmou que vai conseguir provar sua inocência e se livrar definitivamente da acusação. “A Justiça me deu essa liberdade para eu provar minha inocência. Aqui no presídio não tenho o que reclamar. Todos me trataram bem. Fiquei em uma ala e me senti como se estivesse em uma família, cada um com seus problemas”, disse.

Tio Jonas mostrou-se satisfeito com o apoio e solidariedade de amigos de Feira de Santana e parentes que moram na cidade de Coração de Maria e nos estados de Sergipe, São Paulo e Santa Catarina. Todos estavam torcendo pela minha liberdade e diziam: “Tio Jonas é inocente”, acrescentou afirmando que vai provar que não cometeu o crime. 

A advogada Luana Dourado, constituída para defendê-lo da acusação, informou que mesmo com a revogação da prisão preventiva, Tio Jonas terá que cumprir algumas determinações da Justiça, como por exemplo, ele não poderá viajar, não pode manter contato nem com a mãe da vítima, nem com a vítima, e também ficará afastado de suas funções na creche até que o processo seja concluído. Além disso, o líder comunitário terá que ficar recolhido em casa nos feriados, finais de semana e à noite.

Ainda de acordo com Luana Dourado, a revogação da prisão do acusado, foi possível porque não há mais necessidade de proteção da instrução criminal inicialmente necessária. “O juiz analisou o pedido e entendeu que com base nos nossos argumentos, era o momento em que Jonas atendia os requisitos para atender o processo em liberdade”, afirmou.

A advogada explicou também que surgiram alguns fatos novos: a prisão se baseou apenas no depoimento da vítima e ocorreram algumas contradições que ela identificou, citando como exemplo os exames relacionados à libido e constatação de virgindade, que deram negativos. “Todos esses fatos demonstram que Jonas é inocente”, disse.

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