Feira de Santana

Funcionário do Samu acusa coordenadora de agressão; ela nega e também registra queixa

Maisa Macedo disse que versão do técnico de enfermagem não condiz com a verdade.

27/03/2015 às 18h58, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Uma sindicância deverá apurar a denúncia de agressão formalizada pelo técnico de enfermagem Diego Cerqueira Vidal, 31 anos, que faz parte do quadro de funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Feira de Santana (Samu).

Ele esteve na delegacia na tarde desta sexta-feira (27) e registrou uma queixa de agressão física, na qual acusa a coordenadora do Samu, Maisa Sandra Macedo – que também registrou queixa contra o técnico de enfermagem.

“Houve um desentendimento, acho que por falta de conhecimento do próprio protocolo de funcionamento da unidade, em que toda ambulância deve ser desinfectada diariamente e nesse procedimento temos um período de 15 minutos para a gente tomar um banho, porque é desgastante. Nesse período eu fui chamado pela coordenadora de enfermagem, Fabrícia Pinto, que disse para eu ir logo para uma ocorrência, e eu disse que estava descansando.

Falei com ela sobre umas medicações vencidas em fevereiro, que estavam lá na ambulância, e ela me chamou para ir a sala de Maisa para eu dizer o que estava acontecendo. Chegando lá ela mandou eu pegar os medicamentos que eu já tinha entregado no almoxarifado e eu disse que não iria buscar (…). Depois ela levantou gritando batendo na mesa e dizendo que era para eu ir lá buscar”, detalhou.

Uma discussão foi iniciada e Diego disse que foi chamado de antiético e irresponsável. “Ela me pegou pelo macacão, me sacudiu pelos braços, apertou meu rosto e eu a empurrei para evitar a agressão e ai comecei a gritar pedindo para todo mundo ver o que estava acontecendo e o pessoal veio e ela começou a chamar o segurança. Sendo que eu não tinha feito nada”, continuou.

Diego disse que após perceber o arranhão no braço denunciou o fato ao Ministério Público do Trabalho (MTP), registrou a queixa na delegacia e foi ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), além de ter solicitado um relatório médico na policlínica do bairro Parque Ipê. No atestado o médico especificou que o funcionário apresentava escoriações nos dois braços. “Não sei se as marcas foram de algum anel dela, mas as marcas vieram dela”, afirmou.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Maisa Macedo foi enfática ao dizer que não houve a agressão e que a versão do técnico de enfermagem não condiz com a verdade.

“Esse fato não é verídico. Não houve uma agressão física, nem verbal. O que aconteceu foi uma situação de desrespeito de um profissional com a coordenação de enfermagem, com coordenação geral , com os colegas de trabalho e com a população. Esse fato de que houve agressão é inverídico”, afirmou.

“Não existiu esse momento em que ele diz que eu o sacudi pelos braços. Estamos em um espaço público e em um ambiente de trabalho, no qual as relações são profissionais e existem regras a serem seguidas. Inclusive o macacão do Samu é extremamente grosso e seria inviável fazer alguma escoriação em um braço por cima de uma roupa dessa. Sob nenhuma hipótese esse fato aconteceu. Jamais um profissional vai agir dessa maneira em um ambiente de trabalho, a não ser que ele não esteja em sã consciência”, ressaltou.

A coordenadora informou que essa não é a primeira vez em que há problemas envolvendo Diego Cerqueira.

“Ele nos agrediu verbalmente e nos desrespeitou – não a mim quanto também a coordenação de enfermagem. Nós também registramos nossa queixa na delegacia. Já tivemos outro problemas com esse rapaz. Inclusive estão todos documentados. Temos um prontuário onde há um registro de todas as ações de cada profissional e é muito claro. A gente sempre teve problemas de funcionamento e rotina com esse rapaz.

Fotos e informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade 

Registro de denúncia feita no MPT (Foto enviada pelo WhatsApp)

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