Educação

Professores do município reividicam redução de carga horária

A professora Indiacira Boaventura, tesoureira da APLB, um professor que trabalha 20 horas em sala, de acordo com a lei do nacional, deve passar a trabalhar 14 horas

04/03/2015 às 10h58, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Os professores da rede municipal entraram com uma ação ontem (3) no Ministério Público Estadual (MPE) para cobrar da prefeitura o cumprimento na íntegra da Lei do Piso Nacional n° 1.738/ 2008, que prevê reajuste salarial em janeiro e a reserva de um terço da carga horária para realização de trabalhos pedagógicos. A categoria realizou ainda uma mobilização pelas ruas da cidade e as escolas ficaram sem aulas.

De acordo com o professor Germano Barreto, presidente do sindicato que representa a categoria, APLB, avaliou a participação dos professores no movimento como satisfatória, mas que poderia ser maior. Segundo ele, a questão do piso salarial já foi solucionada junto ao governo, mas falta ainda a reserva da carga horária.

Ainda conforme o presidente do sindicato, os promotores do MPE têm dez dias úteis para se pronunciar sobra a ação. “Logo que tenhamos resposta iremos mandar para as escolas em documentos”, disse.

A professora Indiacira Boaventura, tesoureira da APLB, um professor que trabalha 20 horas em sala, de acordo com a lei do nacional, deve passar a trabalhar 14 horas. As outras seis horas devem usadas para elaboração de aulas, projetos, correção de material e assistência ao aluno. “Se a gente não melhorar a educação, daqui a cinco ou dez anos não vamos ter mais crianças nas escolas. Escolas com goteiras, faltando merenda, as mães falando que as crianças têm que ir embora 11 horas porque não tem merenda. Então tudo o que estamos buscando nas ruas não para o aluno ficar sem aula não, porque se hoje a gente uma pequena melhoria é por causa da nossa luta”, afirmou.

A secretária de Educação, Jayana Ribeiro, informou que a lei do piso deve ser cumprida pelo governo municipal, assim como a Lei de Responsabilidade Fiscal. Diante disso, segundo ela, é necessário avaliar as possibilidades, visto que será necessário contratar novos professores.

“O prefeito precisa estudar esse cenário e verificar se há possibilidade, até porque é um investimento muito alto e precisa da contratação de novos professores para que isso se efetive na prática. A gente está junto com outros secretários e o prefeito, verificando todas as hipóteses. Nos próximos dias deveremos ter uma posição em relação a essa reivindicação da APLB”, salientou.

Merenda escolar

A respeito da merenda escolar, cuja falta é reclamação constante por parte de algumas escolas, a secretária Jayana Ribeiro reconheceu se tratar de uma situação problema. No entanto, afirmou que foi implantando um novo sistema no ano passado e do segundo semestre de 2014 a situação melhorou muito.

“No ano passado nós implantamos um sistema informatizado porque muitas vezes existe a merenda na escola e quando a gente chega não tem a merenda. Do segundo semestre de 2014 para cá isso diminuiu muito porque através da implantação do nosso portal a gente consegue enxergar o saldo que tem na escola e vai encaminhando”, disse Jayana Ribeiro.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

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