Entrevista

Com grande demanda em turismo de negócios, Feira de Santana deve receber seis novos hotéis

O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, esteve no programa Acorda Cidade desta quinta-feira (7) onde falou sobre o assunto.

07/08/2014 às 16h02, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Maior entroncamento rodoviário do Norte/Nordeste, Feira de Santana é ponto de passagem para milhões de pessoas que, muitas vezes, acabam pernoitando temporadas em hotéis e pousadas da cidade. Outro grande público da rede hoteleira é formado por aquelas pessoas que fazem turismo comercial.

O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, esteve no programa Acorda Cidade desta quinta-feira (7) onde informou que devido à grande demanda, a rede hoteleira da cidade vem se expandindo nos últimos anos, e cerca de outros seis hotéis devem ser instalados em Feira de Santana. Veja a entrevista na íntegra.

Acorda Cidade – Há hotéis e pousadas suficientes na cidade para atender à demanda?

Marcelo Alexandrino – Feira de Santana está com um número de hotéis bastante razoável. Há pouco tempo a nossa demanda de hospedagem era maior que a oferta e, com isso, como todo negócio que desponta como interessante, os empresários investiram bastante. Eu diria que nos próximos três anos, Feira de Santana ganhará mais cerca de seis novos hotéis, e isso vai trazer uma grande oferta de leitos. Creio que esse é o momento de desenvolver esses hotéis que estão chegando e melhorar os que já estão na cidade.

AC – Quantos estabelecimentos desse setor existem na cidade?

Marcelo Alexandrino – Não temos dados precisos, mas devemos ter em torno de 25 hotéis e pousadas. A quantidade de leitos atualmente deve chegar em torno de 5 a 6 mil leitos. Acredito que hoje a demanda é atendida. Já não ouço mais as pessoas dizerem que não encontram hospedagem na cidade. Temos um turismo característico de negócios, então durante a semana a ocupação dos hotéis é bem maior. A gente precisa que a cidade se estruture mais, para crescer a demanda e fazer frente à oferta que está chegando. Este mês deve ser inaugurado outro hotel e tem muitos outros chegando.

AC – O que é o turismo comercial?

Marcelo Alexandrino – O turismo comercial é composto por aquelas pessoas que viajam para tratar de negócios, seja um vendedor, um consultor ou um diretor de uma grande empresa. Todo mundo que vem tratar de negócios é o turista comercial. O número de pessoas que circulam em Feira de Santana fazendo turismo de negócio é muito grande.

AC – Qual é a taxa de ocupação em Feira de Santana?

Marcelo Alexandrino – Infelizmente não conseguimos congregar os números dos hotéis, o que seria interessante. Eu também sou vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes e não conseguimos esse número para formalizar esses dados. Dentro dos hotéis que eu administro, trabalhamos com uma média de 60%, que é considerada boa. Em alguns momentos temos um decréscimo dessa taxa, o que é normal. No mês de junho, por exemplo, a Copa do Mundo parou o país e nós, como vivemos o turismo de negócios, sofremos muito a queda na taxa de ocupação.

AC – Como foi a taxa de ocupação nos hotéis de Salvador durante a Copa do Mundo?

Marcelo Alexandrino – Em Salvador, que foi cidade sede, os números ficaram aquém da expectativa. A taxa total de ocupação ficou em 62,04%. Salvador abrigou inclusive seleções e a expectativa era de 80 a 85% a mais que o índice alcançado durante o carnaval. Para uma Copa do Mundo, eu diria que foi um fiasco. Aumentou a diária média, os valores foram um pouco maiores, mas foi bem aquém da expectativa.

AC – Estão chegando novos hotéis na cidade, o senhor acha que ainda há mercado?

Marcelo Alexandrino – Eu acho que não cabem novos projetos de hotéis em Feira de Santana. Na minha visão está na hora de parar. Vamos consolidar os que já estão e esperar os já projetados e em construção para que eles também se consolidem. Feira está crescendo, mas precisamos melhorar a infraestruruta para que esses hotéis tenham uma boa demanda. Um exemplo é o centro de convenções que está parado. Quando ele estiver em funcionamento vai abrigar grandes eventos, o que vai atrair os turistas de negócio.

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