Violência

Número de estupros em Feira de Santana cresceu 35%; Deam divulga retratos falados

Um perito veio a Feira de Santana para, a partir de relatos de vítimas, fazer retratos falados destes homens.

30/10/2013 às 18h11, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade
 
A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) informou, nesta quarta-feira (30), que o número de estupros em Feira de Santana cresceu 35% em relação ao ano passado.
 
De acordo com a delegada Maria Clécia Vasconcelos, titular da Deam,  a maioria das vítimas tem idade entre 17 e 57 anos e são atacadas a caminho ou no retorno do trabalho, da escola ou de academias de ginástica. 
 
Ela explica que o índice por ela mencionado não considera a nova tipificação, que inclui os atos libidinosos e casos em que a mulher é estuprada pelo marido ou parente.  “Estou falando de mulheres que são atacadas na rua por homens que não estão sendo identificados”, ressaltou.

Em entrevista ao Acorda Cidade, ela informou que a polícia mapeou cinco localidades com maior número de incidência: bairros Tomba, Alto do Papagaio, Muchila, Parque Ipê e Avenida Maria Quitéria, próximo a casas de eventos e a supermercados.

Retrato falado

 
Diante do crescimento do índice e das dificuldades encontradas pela polícia para identificar os estupradores, um perito técnico veio a Feira de Santana para, a partir de relatos de vítimas, fazer retratos falados destes homens. 
 
A Deam está divulgando  quatro imagens e solicita a ajuda da imprensa e da comunidade na localização desses homens. A denúncia pode ser feita anônima através do telefone: 75 3602-9190.
 
Dificuldades
 
A delegada ressalta que além das dificuldades encontradas na localização dos criminosos, muitas vítimas não vão à delegacia. 
 
“As mulheres não vão porque elas sofrem pela segunda vez ao relembrar o fato. Elas relutam em fazer o retrato falado, perícia indispensável para identificarmos o estuprador, que são homens desconhecidos”, disse, destacando também como dificuldades a distância, o tempo e as condições financeiras das vítimas para se deslocarem à Deam e prestarem depoimento.
 
Ação dos estupradores
 
De acordo com a delegada, na maioria dos casos, os estupradores agem pela manhã no período das 5 às 7h, ou à noite, quando as vítimas estão indo para os pontos de ônibus ou academias.
 
“Eles sempre agem nesses horários. Usam farda como se também fossem trabalhar, um blusão azul, praticam a conjunção carnal, a violência, subtraem celulares e outros pertences da vítima. Os agressores também usam um carro ou motocicleta, obrigando-as  a entrar no veículo ou arrastando-as para as localidades de risco”, disse.
 

Com informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade.

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