
A Polícia Civil da Bahia apura a suposta retirada de mercadorias de um estabelecimento comercial lacrado na Avenida Getúlio Vargas, em Feira de Santana. O local havia sido interditado pela Prefeitura Municipal por falta de alvará de funcionamento, após a Operação Contraface, que identificou na última quinta-feira (4), a comercialização de produtos falsificados. A inauguração da loja iria acontecer dois dias depois.
Conforme informou a polícia ao portal Acorda Cidade, nesta segunda-feira (8), equipes da 1ª Coordenadoria Regional (Coorpin) e da 2ª Delegacia Territorial retornaram ao imóvel após denúncia que apontava possível violação do lacre e retirada de itens do interior da loja. A ação contou com o apoio da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) e da fiscalização municipal.
No local, os policiais verificaram que o lacre estava violado, mas não havia sinais de arrombamento na porta. Ainda assim, foi observado que a quantidade de produtos expostos na vitrine era menor do que a registrada no dia da interdição. Diante disso, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para confirmar se houve acesso indevido.
Segundo a análise inicial, não foram encontrados indícios de arrombamento na fechadura. As equipes, então, entraram no estabelecimento e constataram que o número de mercadorias disponíveis era inferior ao verificado anteriormente, reforçando a suspeita de retirada de produtos.
Diligências complementares foram realizadas, incluindo a análise de câmeras de vigilância da região. As imagens mostraram movimentação de veículos com reboques nas proximidades, sugerindo a retirada de itens após o fechamento da loja.
A Polícia Civil destaca que, na operação anterior, atuou apenas para constatar a falsificação das mercadorias, recolhendo amostras para perícia, enquanto o lacre foi aplicado pela Prefeitura devido à ausência de alvará.
As investigações continuam para identificar possíveis responsáveis pela retirada das mercadorias e apurar eventuais práticas ilícitas.
De acordo com o delegado Yves Correia, diretor da Diretoria Regional do Interior Leste (Dirpin), havia R$ 2 milhões em mercadorias falsificadas na loja, que não possui CNPJ, nem alvará de funcionamento. Além dos produtos, a polícia também apreendeu máquinas de cartão.
Leia também: Operação Contraface: cerca de R$ 2 milhões em produtos falsificados são apreendidos em loja na Avenida Getúlio Vargas
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