Feira de Santana

Vendedores da feira livre do Tomba estão insatisfeitos com transferência feita pela prefeitura

Este foi o primeiro final de semana da transferência. Os comerciantes se dizem revoltados com transferência e dizem que estão tendo prejuízos.

17/05/2020 às 17h01, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

Vendedores de frutas, verduras e hortaliças que tinham barraca ou comercializavam seus produtos ao lado da Praça do Tomba, na Rua Papa João XXIII, foram transferidos para o outro lado da praça, na Rua Pedro Américo de Brito, e se dizem insatisfeitos com a transferência determinada pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Feira de Santana.

Este foi o primeiro final de semana da transferência. Os comerciantes se dizem revoltados com transferência e dizem que estão tendo prejuízos. A vendedora de verduras Tatiane Gomes da Silva disse que perdeu o tomate que levou para comercialização, pois não teve clientes a procura do produto. “A gente não está vendendo nada, eu vendo tomate e já to perdendo tudo. Tenho filho pequeno, pago aluguel e não sei nem o que vou fazer. Aqui era movimentado, vendia muito bem, mas depois que viemos pra cá ficou todo mundo desesperado”, disse.

A comerciante de hortaliças Jaciara Santos disse que a mudança foi muito negativa. “Ontem a gente teve prejuízos grandes, aqui não conseguimos vender nada, ninguém procurou a gente desse lado, inclusive o aceso é muito difícil, todo mundo que comprava lá no mercado não vem pra cá e hoje estamos tendo muita dificuldade de vender. Somos trabalhadores e temos que ser tratados com respeito e dignidade. Meus filhos dependem disso aqui, pois a renda minha e do meu esposo é toda daqui. Não é justo que tire o nosso pão de cada dia. Ontem joguei toda mercadoria fora e quem vai pagar esse prejuízo?”, questionou.

O comerciante Valmir Ferreira também reclama dos prejuízos. Ele trabalha há quatro anos no local e diz que as mudanças alteraram o ritmo de vendas. “A gente vendia bem lá na praça e agora a gente tem que vender barato pra mercadoria sair. Todo mundo tá prejudicado aqui”, afirmou.

A comerciante Josenilda de Carvalho também estava descontente com a mudança. “Eu não vendi nada e eu não sei o que vou fazer com essa mercadoria que não vendi. Houve queda e se a gente continuar aqui só vai piorar. A gente fica aqui no sol quente e não tem vendas”, reclamou.

O secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Antonio Carlos Borges Júnior, explica porque foi feita a mudança. Segundo ele, a ação é de prevenção a covid-19. “Recebemos várias denúncias de aglomeração durante o mês de abril e início de maio e fizemos uma ação, onde fechamos a Rua Pedro Brito de Américo, para que as barracas possam abrir espaços para o consumidor e evitando aglomerações. Durante o início de maio nós viabilizamos a entrega de lonas para colocar nas barracas e também entregamos máscaras e álcool gel para o combate a covid-19. Tiramos alguns veículos que ficaram estacionados na Rua Papa João XXIII, mudamos esse formato, entregamos um espaço dentro da Praça Macário Barreto para que eles se instalem definitivamente”.

 

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