Saúde

Uso de equipamentos eletrônicos em excesso pode afetar a visão e rendimento escolar de crianças

Especialistas recomendam alguns cuidados com o uso de equipamentos eletrônicos.

01/10/2019 às 13h08, Por Maylla Nunes

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Muitos adultos de hoje em dia foram alertados dos riscos de assistir televisão ou ficar muito próximo das telas de computadores. Era amplamente difundida a ideia de que a proximidade com as telas, fossem dos televisores ou dos computadores, poderia prejudicar a visão, causando danos até mesmo irreversíveis.

No entanto, temos atualmente a geração de crianças mais conectada da história, com diversos conteúdos feitos para elas – e por elas – nas diversas redes sociais. Então como ponderar para que as crianças aproveitem o melhor da idade sem prejudicar o seu desenvolvimento?

O que dizem os especialistas

Segundo pesquisas, a exposição exagerada a essas telas de computadores, celulares e tablets, por provocarem o uso excessivo da visão de perto, pode trazer problemas de saúde tanto para as crianças quanto para os adolescentes. Isso pode provocar alterações oculares, principalmente quando a visão de longe não é tão exercitada e não há exposição à luz natural. Isso não é um caso raro no Brasil e no mundo, fazendo com que a comunidade médica já encare o problema como uma epidemia mundial.

No entanto, a miopia não é a única preocupação dos especialistas. Está acontecendo também um aumento significativo nos quadros de cansaço ocular, irritação e olho seco nas pessoas que passam muito tempo (acima de uma hora) na frente de celulares, computadores e tablets. Até então, esses sintomas não eram tão comuns em crianças e adolescentes, mas cadas vez mais oftalmologistas têm diagnosticado pessoas nessa faixa etária com algum desses problemas.

Além disso, crianças que ficam muito expostas a aparelhos eletrônicos podem ter distúrbios de sono, irritabilidade e diversos danos na retina. A exposição à luz azul, que é emitida por esses aparelhos, tem participação no ciclo do sono, sendo responsável pela produção de melatonina, que está envolvida na indução ao sono. 

Assim, as crianças podem se sentir mais sonolentas do que o comum, ainda que consigam dormir mais tempo. Isso pode prejudicar no rendimento escolar e trazer diversos prejuízos para o desenvolvimento psicomotor, uma vez que atividades físicas podem ser deixadas de lado por conta da sonolência.

Estudiosos também afirmam que o uso excessivo desses aparelhos eletrônicos também pode causar um déficit no desenvolvimento da capacidade de interação social, interferindo no raciocínio lógico e na coordenação motora.

Como prevenir

É importante que os pais ou responsáveis levem as crianças e adolescentes para a avaliação de um especialista em oftalmopediatria. Esses problemas podem ser facilmente revertidos se forem diagnosticados logo no início.

Para os casos em que já houve algum dano, o uso de óculos pode se fazer necessário. Existem armações de óculos especiais para as crianças, permitindo que elas tenham mais conforto e segurança enquanto praticam suas atividades diárias.

O uso moderado dos aparelhos é o mais indicado por médicos e outros estudiosos da saúde das crianças e adolescentes. Crianças menores de 2 anos não devem ter acesso a esses equipamentos, pois elas são ainda mais sensíveis a seus efeitos nocivos.

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