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Tom relata dificuldades na administração do Flu de Feira: 'dívidas não param de chegar'

Segundo ele, existem muitas dívidas parceladas, a exemplo de um parcelamento de energia de quase cem mil reais.

30/07/2020 às 16h55, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

O deputado estadual Ewerton Carneiro, Tom, durante entrevista ao Acorda Cidade, falou sobre a atual situação do Fluminense de Feira. Ele relatou as dificuldades encontradas desde que assumiu a presidência do time e afirmou que está trabalhando para sanar todas as dívidas deixadas por administrações anteriores.

“Quando a gente assumiu o Fluminense de Feira, finalzinho de dezembro, já existia uma comissão técnica, jogadores, tudo contratado. Naquele momento, eu não tinha como mudar tudo. A gente contratou quatro ou cinco jogares para compor aquela equipe, mas a minha preocupação era administrar, fazer uma gestão de qualidade interna, que infelizmente o Fluminense sofre muito hoje por falta de uma gestão qualificada, onde as dívidas não param de chegar. Para se ter uma ideia, o ano de 2008 fez revelia a não sei quantos processos, porque as diretorias não acompanharam e essa bomba está chegando logo agora”, relatou.

Segundo ele, existem muitas dívidas parceladas, a exemplo de um parcelamento de energia de quase cem mil reais. Apesar disso, Tom diz que não está reclamando, mas informando que está administrando o Fluminense com muita responsabilidade, apesar de todas as dificuldades.

“Do dia que eu entrei, até hoje, não tivemos um centavo. Paguei a folha, funcionários, tudo em dia. A gente fez uma projeção, fizemos um time em uma semana. Para se fazer um time em uma semana, para jogar com time de série C, que não parou de treinar, que tem calendário, jogador de time de séria A, não é fácil. O Fluminense é viável, mas precisa honrar todos os compromissos. Por exemplo, eu consegui um patrocínio, mas o patrocinador falou que só podia depositar em conta. Esse recurso não pode entrar na conta porque está tudo bloqueado. Teve acordo que fizeram e não cumpriram”, informou. 

O presidente afirmou ainda que o único jeito para se ter um Fluminense forte, é, não só investindo na base que é a projeção atual, mas também honrando todos os compromissos. Segundo ele, o time tem alguns patrimônios em Feira de Santana, que terão que ser negociados. 

“Já conversei com o presidente do Fiscal Deliberativo, sobre as coisas que temos hoje. Temos um CT (Centro de Treinamento) na BR, que está duplicando. Chamar uma empresa forte e construir um CT para nós. Pode ser na Matinha, em São José, Humildes, Limoeiro, mas fazer um alojamento legal, para a base, para o profissional e nos ajudar a pagar todos os empórios que aí está. A gente se desfaz de um patrimônio aqui, mas vai ter outro muito mais moderno, para por as dívidas em dias. O que eu propus para a juíza foi que qualquer negociação, o dinheiro ia ser depositado em conta da Justiça, para que eu não mexa em nada e o conselho deliberativo está sendo fiscal, e ela ia deliberando esse pagamento para a gente começar do zero”, disse.

Tom acrescenta que não tem como fazer futebol sem dinheiro e afirma que mesmo diante das dificuldades, até o momento o clube não demitiu e sim fez um contrato emergencial, já tendo pagado a todos os funcionários.

“O Fluminense não é meu, o Fluminense é de Feira de Santana e temos que honrar não somente a cidade, mas o time maravilhoso. Com pouco, tenha certeza que estou fazendo muito e o Fluminense merece brilhar. Tenha certeza que se depender de mim, não vou colocar somente meu braço em alcance, vou administrar com transparência e isso está acontecendo. Todo mês estou prestando conta do que entra e do que sai, é uma forma de ter o sócio torcedor ao nosso lado”, afirmou. 

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