Feira de Santana

Sindicato vai à Câmara de Vereadores cobrar mais investimentos para a zona rural de Feira de Santana

Para Conceição Borges, é preciso que os vereadores acreditem no potencial do campo e garantam investimentos em novas tecnologias para o beneficiamento da agricultura familiar e a comercialização dos seus produtos.

17/03/2021 às 15h42, Por Laiane Cruz

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Laiane Cruz

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana (STR) estiveram presentes na manhã desta quarta-feira (17) na Câmara de Vereadores para cobrar mais investimentos para a zona rural do município. A ação foi encabeçada pelo movimento de mulheres da entidade, que entregou uma carta aberta aos vereadores.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

De acordo com a presidente do sindicato, Conceição Borges, a ida à Câmara faz parte da programação do Março Mulher. “Não podemos ter grandes mobilizações, mas também não podemos deixar de marcar a semana da mulher. Até porque estamos clamando por chuva pra começar a plantar, e a gente precisa saber da Casa como os vereadores vão se comportar com o campo, já que são responsáveis pelo orçamento”, afirmou.

Para Conceição Borges, é preciso que os vereadores acreditem no potencial do campo e garantam investimentos em novas tecnologias para o beneficiamento da agricultura familiar e a comercialização dos seus produtos.

“Entregamos aqui uma carta aberta do movimento de mulheres, que tem como tema ‘Mulheres do Campo e da Cidade em Movimento’, entregamos também uma cartilha produzida pelo sindicato, pra que eles possam analisar com cuidado, para começarem a pensar e debater investimentos na agricultura familiar. A gente está vivendo um momento super tecnológico, só que a zona rural está produzindo da mesma maneira que 500 anos atrás, então se o município começar a entender que a agricultura familiar é importante porque produz com qualidade, sem agrotóxicos, então precisa investir”, destacou.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Segundo a presidente do sindicato, a feira virtual organizada pelo sindicato durante a pandemia trouxe para a zona rural esse debate sobre a importância de se investir na agricultura familiar do município. Ela ressaltou que mesmo diante do atual momento, a estiagem e a falta de água, os trabalhadores da zona rural precisaram continuar investindo e continuaram a produzir, ainda que em menor escala.

“A nossa reivindicação é que comecem a construir nos quintais produtivos tecnologia de captação de água da chuva, para garantir a produção de alimentos e não fiquemos reféns da água da Embasa, que tem sido nosso sofrimento. Ela não chega em quantidade, é cara para produzir e também é química. Então não dá pra garantir produção da zona rural apenas com três meses de chuva. É preciso olhar a zona rural como unidade de produção, responsável pela geração de renda e responsável por garantir que quem estiver no campo permaneça. Só vamos garantir isso, se olharmos para o campo como algo viável e passível de investimento. Para que quem está lá, continue, mas que tenha vida digna e com qualidade”, salientou Conceição Borges.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Situação de emergência

A representante sindical lembrou ainda que no mês de janeiro a prefeitura municipal decretou situação de emergência para a zona rural de Feira de Santana. De acordo com ela, o sindicato se reuniu essa semana com a Secretaria de Agricultura para cobrar ações mais efetivas em virtude desse decreto.

“Tivemos essa reunião com o secretário Pablo Roberto para tratar do decreto de situação de emergência, que foi feito pelo município em janeiro. A nossa conversa com o secretário foi para saber quais passos foram dados, se já foi homologado pelo governo do estado, homologado pelo governo federal, pois se tem homologação dos poderes, os investimentos para esse momento emergencial precisam chegar, como investir em carros-pipas, já que na zona rural hoje a gente tem unidades de captação da água da chuva, mas não está chovendo nesse momento, e seria muito importante que o município garantisse o abastecimento de água. Isso só vai ocorrer se tiver uma frota de carros-pipa que dê para atender a zona rural de Feira de Santana.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade. 

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