Sede da torcida Falange do Fluminense de Feira é invadida após jogo do Bahia

^{Gabriel Gonçalves}

Atualizada às 15h

A equipe do Esporte Clube Bahia jogou ontem (4) em Feira de Santana contra o Atlético-MG, para disputar uma vaga nas Oitavas de Final da Copa do Brasil. Mesmo ganhando a partida, ficou de fora do campeonato.

Após o confronto, a sede da torcida Falange do Fluminense de Feira que fica localizada na Avenida Riachuelo no bairro Baraúnas foi invadida. Segundo informações prestadas por populares, um grupo de homens uniformizados com a camisa da torcida Bamor do Bahia, teriam sido os autores do vandalismo.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o comerciante e torcedor do Fluminense de Feira, Luiz Carlos conhecido como Carlinhos do megafone, afirmou que o grupo chegou em uma van e em dois veículos menores gritando e invadindo a sede.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

"Esse grupo chegou aqui em uma van e tinha mais dois carros menores junto com ele. Todos estavam com camisas do Bahia e gritando 'aqui é Bamor, aqui é Bamor'. Meu carro mesmo ficou no prejuízo, chegaram jogando pedra, atirando, gritando e xingando e quando entraram na sede, levaram um TV de 49" dos meninos e um aparelho de som. Além do ato do vandalismo, ainda furtaram os objetos", afirmou.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Ainda segundo Luiz Carlos, uma casa que fica próxima da sede também foi invadida, na tentativa de encontrarem torcedores do Fluminense de Feira.

"Eu tenho um comércio aqui colado na sede, e ontem parecia que o mundo estava acabando, uma cena de terror mesmo e com muitos estrondos. Jogaram pedras, algumas delas atingiram a casa da vizinha, eles quebraram o portão dela e quando viram que tinha apenas senhoras de idade, ficaram gritando cadê os torcedores do Fluminense, cadê os torcedores? Eu como torcedor, acredito que isso deve ser banido, questão de torcida organizada que sai da sua cidade para fazer isso. Porque são de Salvador, chegam aqui em Feira se achando os donos e invadem a sede do outro clube. Acredito que o policiamento estava concentrado no Joia da Princesa, então o bairro aqui ficou vulnerável e ficamos aterrorizados com o que vimos na noite de ontem", declarou.

Para Luiz Carlos, era necessário que a Secretaria de Cultura Esporte e Lazer, tivesse esse olhar mais atento antes de autorizar que o jogo fosse realizado na cidade.

"Eu estava conversando com o presidente da Falange, para ver quem a gente pode recorrer, porque restou apenas os prejuízos causados. A Secretaria de Esporte daqui de Feira de Santana, traz um jogo desse para a cidade, teria que saber se iria ter segurança disponível para isso, na realidade, a Polícia Militar deveria estar realizando as rondas aqui próximo a sede, já que eles estavam do lado de fora do estádio acompanhando o jogo e dizendo que iriam invadir a sede do Fluminense. Então eu acho que deveriam colocar mais viaturas para dar esse suporte aqui no barro, porque realmente ficamos vulneráveis", concluiu.

Uma senhora que estava dormindo durante o arrombamento da sede, informou a reportagem do Acorda Cidade que acordou assustada imaginando que o poste estivesse pegando fogo na rua.

"Eu pensei que fosse o poste, mas quando fui observar eram os tiros e pedradas que estavam dando aí na porta da sede. Algumas pedras caíram aqui em cima do telhado, foi um verdadeiro absurdo e depois disso eu não consegui mais dormir, estava com as crianças, puxei elas para ficarem perto de mim na cama, mas com medo, achando que a parede iria cair", disse.

Fotos: Aldo Matos/Acorda Cidade

No ano de 2010, as duas torcidas organizadas protagonizaram uma cena lamentável durante a partida de volta do estadual que aconteceu no Estádio Joia da Princesa. O Bahia venceu o duelo por 2 a 1 e a Polícia Militar precisou intervir com gás de pimenta, alcançando jogadores e comissões técnicas das equipes.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Torcida Bamor, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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